Destaque

Nova pesquisa de cultura de células pode reduzir custos e melhorar a biofabricação de tecidos

Fonte

Universidade de Queensland

Data

segunda-feira. 28 fevereiro 2022 16:20

Melhorar a maneira como um tecido cultivado em laboratório pode ser gerado e organizado a partir de células é o foco de nova pesquisa da Universidade de Queensland, na Austrália.

O Dr. Mark Allenby, professor da Escola de Engenharia Química da Universidade de Queensland, quer melhorar o processo de fabricação de futuros produtos agrícolas, farmacêuticos e médicos e cortar custos projetando plataformas de cultura de células mais robustas e escaláveis.

A equipe explorará como moldar a formação de tecidos cultivados em laboratório por meio da impressão 3D de estruturas dinâmicas que controlam o comportamento das células.

“Muitas indústrias dependem de culturas de células para cultivar produtos – seja fazendo cerveja durante o processo de fermentação, criando anticorpos para a produção de vacinas ou projetando enxertos e implantes médicos. O problema é que as culturas de células são cultivadas em laboratório, colocando as células em uma grande cuba de líquido onde são diluídas e distribuídas distantes umas das outras. Isso não é o que acontece naturalmente no corpo, onde as células interagem estreitamente umas com as outras para apoiar o crescimento.”, disse o Dr. Allenby.

“Então, se pudéssemos cultivar células de forma controlada nas densidades de tecido em que elas crescem naturalmente, isso teria impactos profundos na biofabricação, inclusive no custo”, continuou o pesquisador.

O Dr. Allenby disse que seu trabalho recente no desenvolvimento de melhores culturas de células para produzir glóbulos vermelhos para transfusão de sangue provou o valor do conceito. “Descobrimos que, ao cultivar nossas culturas de células em densidades de tecido, conseguimos um custo-benefício mais de 100 vezes melhor por glóbulo vermelho produzido”.

O pesquisador disse que este projeto vai explorar como controlar e projetar a formação de tecidos em microescala – utilizando o microconfinamento por meio da impressão 3D.

“Através de colaboradores da Universidade Tecnológica de Queensland (QUT), desenvolvemos tecnologias para produzir pequenas câmaras que podem confinar o crescimento de células dentro de certas formas e geometrias – isso nos permitirá observar as forças mecânicas de confinar o crescimento celular e como ele molda a forma como o tecido se forma com o tempo. Em seguida, aumentaremos a escala, aproveitando o poder de criar gradientes de nutrientes para produzir padrões e diferentes tipos de tecido em grande escala. E também vamos explorar como fabricar tecido de grandes dimensões  e vascularizado de uma maneira fisiologicamente significativa”, concluiu o pesquisador.

Acesse mais detalhes do projeto.

Acesse a notícia completa na página da Universidade de Queensland (em inglês).

Fonte: Universidade de Queensland.

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