Destaque

Pesquisa busca humanizar práticas de saúde para crianças

Fonte

UFMT | Universidade Federal de Mato Grosso

Data

sexta-feira. 16 agosto 2024 13:40

“Quando a criança é hospitalizada, ela é retirada do seu ambiente cotidiano e familiar e passa a conviver em um espaço desconhecido, onde diariamente são realizados procedimentos de saúde dolorosos e desconfortáveis para cumprir o tratamento prescrito”. A constatação de Ronaldo Antonio da Silva, enfermeiro e doutorando no Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT),  é um dos pontos que direciona a pesquisa que busca humanizar a assistência pediátrica.

Como parte da pesquisa realizada pelo doutorando, ele promove o questionário eletrônico para buscar mais informações sobre a experiência de profissionais de enfermagem pelo Brasil. A aplicação do formulário atende à pesquisa ‘Contenção da criança hospitalizada para a realização de procedimentos de saúde: panorama nacional’ com enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, que atuam no cuidado direto ao paciente pediátrico. Ronaldo Antonio da Silva conta que na maioria das vezes profissionais da enfermagem realizam procedimentos em crianças.

“Assim, um dos desafios e dilemas éticos e morais vivenciados pela enfermagem diz respeito a utilização da contenção, definida como qualquer método que restrinja o movimento ou o acesso normal de uma pessoa ao seu corpo, para concluir algum procedimento de saúde, tais como: administração de medicamentos, sondagens e exames de sangue”, destacou o doutorando sobre a importância da pesquisa. O estudo abrange práticas aplicadas tanto a crianças, como também a recém-nascidos e vai ter a aplicação do formulário nas cinco macrorregiões do Brasil.

A pesquisa considera o impacto emocional no momento de realizar exames e outros procedimentos. “A ação de conter uma criança pode desencadear sofrimento emocional para as crianças, os familiares e os profissionais de saúde envolvidos. Além disso, a literatura científica tem destacado as incertezas quanto os riscos e as consequências de curto, médio e longo prazo na vida e saúde das crianças que são contidas”, explicou Ronaldo da Silva.

A expectativa do estudo é voltada para estruturar práticas de assistência a recém-nascidos e crianças. “Com os resultados, temos a expectativa de colaborar com a humanização e a construção de melhores práticas na assistência neonatal e pediátrica no que diz respeito ao uso adequado da contenção para realizar procedimentos de saúde durante a hospitalização. Os dados poderão embasar a proposição de estratégias assistenciais, gerenciais e de formação, com a perspectiva de respeitar os direitos garantidos as crianças e ainda, as suas necessidades emocionais”, finalizou o doutorando.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Mato Grosso.

Fonte: Carlos Rocha, UFMT.

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