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Inteligência artificial auxilia pesquisadores a identificar indivíduos com alto risco de perda dentária
Comer, mastigar, falar, sorrir. Coisas que são aparentemente simples para muitos, tornam-se problemas para as pessoas que sofrem com a perda dentária. “Há um crescente interesse em relação ao uso do machine learning e da inteligência artificial para melhorar os serviços de saúde. Pensando na saúde pública, perguntei-me como poderíamos melhorar a identificação de pessoas que tenham maior risco para perda dentária ou desenvolvimento de outras doenças. Como poderíamos conseguir através de variáveis como renda, escolaridade, saber quem tem maior risco para o desenvolvimento da doença e, assim, poder dar uma resposta mais rápida do serviço para a população”, disse o Dr. Rafael Aiello Bomfim, professor da Faculdade de Odontologia (FAODO) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
O professor explicou que, ao saber antecipadamente que determinada comunidade ou pessoas de um determinado bairro ou região têm maior risco para a perda dentária devido a vulnerabilidades, é possível fazer algumas ações de prevenção para evitar a perda. “Fiz um curso de machine learning e então elaborei esse projeto para aplicar o conhecimento aprendido nos bancos de dados de saúde bucal que já estão disponíveis”, disse o professor.
“Junto à Secretaria Estadual de Saúde temos um projeto de levantamento epidemiológico com dados que podemos usar para detectar indivíduos de maior risco por variáveis sociodemográficas. Então, pensei em usar um banco de dados representativo da população brasileira, como a Pesquisa Nacional de Saúde, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa nos fornece dados de saúde no geral, incluindo dados sobre perdas de dentes, então foi só fazer o cruzamento dos dados e trabalhar o algoritmo para detectar as pessoas com maior risco de perda dentária”, detalhou o professor Rafael.
O pesquisador explicou que, a partir disso, foi desenvolvido um protótipo de programa para detectar quem tem maior tendência para perda de dentes. “Com os professores da FAODO Dr. Danilo Mathias Zanello Guerisoli e Dra. Valéria Lacerda submetemos o projeto no Sigproj da UFMS e no edital universal da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (Fundect-MS) para obter recursos a fim de implementar um laboratório de inteligência artificial para análise preditiva em saúde”, destacou o professor. O projeto foi aprovado em ambos editais.
“Agora, a ideia e conversar com os pesquisadores da Faculdade de Computação para podermos desenvolver uma ferramenta melhor, já que a ideia é implementar isso nas unidades de saúde para que elas possam identificar as pessoas e fazer o trabalho preventivo. Quem sabe podemos melhorar até o agendamento de pacientes, ou seja, começar o atendimento pelos que tenham maior risco de perda dos dentes. A ideia é que o software seja de fácil utilização”, concluiu o professor Rafael Aiello.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Vanessa Amin, UFMS.
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