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ICT/Unifesp desenvolve equipamento para prevenção da osteoporose
O SEPRO – Sistema de Exercício para Prevenção da Osteoporose foi desenvolvido, computacionalmente, a partir da análise de um equipamento já existente no mercado, o Biodensity, criado pelo norte-americano John Paul Jaquish em 2003. O resultado é fruto do trabalho de conclusão de curso em Engenharia Biomédica de Evelyn Drieli Floriano Guardiano, desenvolvido sob a orientação da professora Dra. Luciane Capelo e a coorientação do professor Dr. Mateus Urban no ICT/Unifesp – Campus São José dos Campos.
A estudante precisou de aproximadamente um ano para o desenvolvimento completo do equipamento. Inicialmente focado em mulheres acima dos 45 anos, público com maior índice de casos de osteoporose, ele pode ser utilizado por qualquer faixa etária. “A intenção é auxiliar jovens, adultos e idosos em sua rotina de treino de forma prática, portátil e eficaz. Quanto mais cedo o indivíduo inicia atividades físicas regulares, melhor será o seu desempenho na fase adulta/idosa, promovendo o fortalecimento global da musculatura, melhorando a qualidade dos ossos e auxiliando no equilíbrio”, explicou Evelyn.
O equipamento consiste em uma plataforma estática, com haste de sustentação em T para tornar o exercício seguro durante sua realização. De fácil acesso e de pequeno porte, busca auxiliar na realização de exercícios isométricos de alta intensidade, priorizando a extensão da coluna e membros inferiores. Idealizado durante a pandemia de COVID-19, a ideia é motivar as pessoas a não ficarem inativas fisicamente, podendo realizar os exercícios em casa. O equipamento tem o objetivo de ser um meio de prevenção da osteoporose, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de pessoas com ou sem a doença.
A professora Luciane afirmou que o exercício físico isométrico de alta intensidade é uma ferramenta importante para manter a saúde do sistema músculo-esquelético. “Os sinais mecânicos gerados pelo exercício estimulam as células ósseas e auxiliam a manter os ossos fortes. O treinamento isométrico ativa o sistema músculo-esquelético de forma estática e sem impacto, podendo ser realizado com alta intensidade e por curtos períodos. A técnica consiste em utilizar os músculos do corpo contra um objeto imóvel por um determinado tempo. Nesse treinamento, ocorre a contração muscular, mas não há movimento articular”, esclareceu a Dra. Luciane.
O exercício isométrico proposto solicita a contração de grandes grupos musculares, direcionando as cargas para punhos, quadris e coluna vertebral, principais alvos da doença. A osteoporose caracteriza-se pela redução da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura presente no tecido ósseo. Trata-se de uma doença osteometabólica silenciosa, clinicamente revelada pela ocorrência de fraturas de baixo impacto. “Apesar de a osteoporose ainda não possuir cura, existem tratamentos farmacológicos e não farmacológicos destinados a manter ou melhorar a qualidade de vida e diminuir o risco de fraturas”, explicou a professora Luciane.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), em 2017, 10 milhões de brasileiros(as) tinham a doença, a qual prevalece em mulheres acima de 45 anos. Em todo o mundo, calcula-se que cerca de 200 milhões de mulheres tenham osteoporose. Isso significa que uma em cada três mulheres acima dos 45 anos tem a doença. Na população masculina, estima-se um em cada cinco homens com mais de 50 anos.
Uma das finalidades do equipamento é realizar um acompanhamento progressivo do(a) paciente(a). O indivíduo terá um feedback visual para que possa acompanhar em tempo real seu desempenho durante a realização do exercício, guiando-o durante a execução. “O(A) paciente poderá saber, por exemplo, o momento exato de aplicação de força, além do tempo necessário para essa aplicação. Esse feedback proporciona uma verificação do progresso em relação ao exercício anteriormente realizado, permitindo que o(a) usuário(a) saiba quando a força aplicada está se aproximando ou excedendo o desempenho anterior”, explicou Evelyn.
Durante a pesquisa, foi desenvolvido apenas um protótipo computacional. Dessa forma, o equipamento ainda não está disponível ao público. Os pesquisadores pretendem dar continuidade ao projeto e buscar financiamento para verificação da viabilidade do desenvolvimento de um protótipo para testes de desempenho e resultados.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de São Paulo.
Fonte: Lauren Steffen, Unifesp.
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