Destaque
Quatro em cada dez moradores de São Paulo possuem multimorbidade
Fonte
FSP-USP | Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo
Data
quarta-feira. 24 julho 2024 13:55
Estudo recém-publicado na Revista de Saúde Pública revela que 4 em cada 10 moradores de São Paulo tinham multimorbidade, com variações baseadas em idade, sexo e status socioeconômico.
Conduzido por uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) e do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), em Portugal, o estudo também fornece perspectivas que podem orientar estratégias e intervenções em saúde para as pessoas que vivem com duas ou mais condições crônicas de saúde.
Os pesquisadores utilizaram dados do Inquérito de Saúde do município de São Paulo (ISA-Capital) de 2015 para identificar padrões distintos de multimorbidade, com certas condições crônicas ocorrendo frequentemente juntas. Por exemplo, 15,9% conviviam com combinações de doenças cardiovasculares, em que diabetes e hipertensão foram notavelmente prevalentes, com 40,8% e 81%, respectivamente. Ainda foi observado uma combinação entre doenças musculoesqueléticas e reumatológicas com condições de saúde mentais ou emocionais atingindo 12,8% da população.
A pesquisa foi inovadora por trabalhar com padrões de multimorbidade, ao invés da maneira mais utilizada em estudos desse tipo, em que são realizados apenas a contagem das doenças. Com esses padrões, buscou-se uma forma de agregar os indivíduos acometidos com condições de saúde clinicamente reconhecíveis e teoricamente plausíveis através da análise estatística.
O trabalho também enfatizou a necessidade de abordagens de saúde integradas e abrangentes para gerenciar múltiplas condições crônicas simultaneamente. “Ao compreender os padrões e fatores associados à multimorbidade, os formuladores de políticas, prestadores de serviços e profissionais de saúde podem desenvolver intervenções direcionadas às necessidades específicas das populações com maior risco de multimorbidade e ofertar cuidados de saúde integrados que abordem múltiplas condições crônicas”, ressaltou o Dr. Ricardo Goes de Aguiar, agora professor do Instituto de Ciências da Motricidade da Universidade de Alfenas (UNIFAL-MG) e um dos autores do estudo.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Fonte: FSP-USP.
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