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Hospital Universitário da UFES realiza procedimento inovador no tratamento de metástase hepática
Minimamente invasiva, com recuperação mais rápida, menor morbidade e maior preservação de órgãos. Esses são alguns dos benefícios oferecidos pela ablação por radiofrequência, uma técnica inovadora no tratamento de câncer, especialmente em casos de metástases hepáticas de câncer colorretal. O Hospital Cassiano Antônio Moraes, da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi um dos primeiros centros de saúde a realizar o procedimento após a aprovação do método pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
A técnica foi aplicada em uma paciente que apresenta histórico de câncer de cólon com metástases no fígado. Após um tratamento cirúrgico, ela foi acometida de novas lesões hepáticas que, segundo o Dr. Alberto Stein, médico do HUCAM/UFES e cirurgião do aparelho digestivo que acompanha o caso, “justificaram a escolha pela ablação por radiofrequência como a melhor estratégia, dada a condição delicada e o histórico da paciente”, destacou.
De acordo com o médico Dr. Octávio Galvão, especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem do HUCAM-UFES, a ablação por radiofrequência é uma técnica moderna que, guiada por métodos de imagem, como tomografia ou ultrassom, insere uma agulha no tumor para gerar calor acima de 60º graus e destruir as células cancerígenas. “Entre as principais vantagens, destacam-se a minimização dos riscos cirúrgicos, a possibilidade de alta no mesmo dia e a necessidade de anestesia local ou sedação em vez de geral”, destacou o profissional que realizou o procedimento na paciente.
A ablação por radiofrequência vai abranger, inicialmente, dois tipos da doença: a metástase hepática e o carcinoma hepatocelular. A metástase hepática de um tumor colorretal ocorre quando há a propagação do câncer a partir do seu local de origem para o fígado. O carcinoma hepatocelular, por sua vez, é um câncer primário do fígado, frequentemente associado à cirrose e à hepatite viral crônica.
Futuro promissor
Estudos recentes têm mostrado resultados animadores para a ablação por radiofrequência. Uma pesquisa apresentada na American Society for Clinical Oncology (ASCO) demonstrou que o procedimento apresenta menor mortalidade (zero contra 2,1% na cirurgia), menos tempo de hospitalização (24 horas de internação, contra quatro dias na cirurgia) e um risco reduzido de infecções, tornando-se uma opção segura e eficaz para pacientes com nódulos de até quatro centímetros.
Com a inclusão da ablação no SUS prevista para setembro deste ano, mais pacientes terão acesso a esse tratamento inovador. Segundo a Dra. Tatiane Miranda, chefe da Unidade de Diagnóstico por Imagem e Diagnósticos Especializados do HUCAM-UFES, “estamos diante de uma grande conquista para todos os envolvidos no tratamento dessa doença”, garantiu. “Nossa unidade hospitalar está trabalhando para, em breve, oferecer o procedimento de forma contínua. Nesse primeiro momento, a indicação é para câncer colorretal com metástases hepáticas, mas há possibilidade de ampliação para outros tipos da doença”, complementou.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: George Miranda e Danielle Morais, Coordenadoria de Comunicação Social da Rede Ebserh.
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