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USP e MCTI investem R$ 10 milhões para o desenvolvimento de órgãos para transplantes
A Universidade de São Paulo (USP) e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) assinaram uma carta de apoio que prevê investimentos da ordem de R$ 10 milhões em pesquisa para o desenvolvimento de órgãos compatíveis para transplante, o chamado xenotransplante.
Os recursos da USP e do MCTI (cada uma das instituições investirá R$ 5 milhões no projeto) serão empregados para o custeio de atividades de pig facility – instalação de nível de biossegurança dois – NB2 – para criação de suínos em condições sanitárias adequadas para a produção de órgãos compatíveis para o transplante em humanos.
A iniciativa da USP é a única na América Latina voltada à pesquisa de produção de órgãos em animais para transplante em humanos. O projeto é coordenado pelo Dr. Silvano Mario Attilio Raia, professor emérito da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e pioneiro na execução de transplante de órgãos no País.
Há cinco anos, o professor Silvano Raia, juntamente com a Dra. Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da USP (IB-USP), coordena um projeto que visa a modificar geneticamente suínos para se constituírem em doadores de órgãos: rim, coração, pele e córnea. A fase de edição genética já está concluída, o que permite a produção dos primeiros embriões modificados, que serão transferidos para matrizes silvestres, produzindo os primeiros doadores.
“O xenotransplante é um avanço. Nos últimos 20 anos, foram realizados dois milhões de transplantes no mundo. Houve um aumento de demanda, mas não houve aumento proporcional da disponibilidade de órgãos. Então, há uma demanda reprimida, muitos morrem à espera de órgãos e os de suínos se mostraram os substitutos mais adequados”, afirmou o professor Silvano Raia, durante a cerimônia de assinatura do documento, realizada na Sala da Congregação da FMUSP.
Segundo o professor, os recursos irão permitir a construção do biotério no prazo de seis meses para o início das experiências pré-clínicas. “É um mundo que se abre. Na USP, estamos realizando pesquisas na fronteira do conhecimento”, destacou.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Adriana Cruz, Jornal da USP.
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