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Seriam os bebês a chave para a próxima geração de inteligência artificial?
Os bebês podem ajudar no desenvolvimento da próxima geração de Inteligência Artificial (IA), de acordo com neurocientistas e colegas do Trinity College Dublin, na Irlanda, que acabaram de publicar novos princípios orientadores para melhorar a IA.
A pesquisa, publicada na revista científica Nature Machine Intelligence, examinou a neurociência e a psicologia do aprendizado infantil e destacou três princípios para orientar a próxima geração de IA, que ajudará a superar as limitações mais prementes do aprendizado de máquina.
“A inteligência artificial fez um tremendo progresso na última década, oferecendo alto-falantes inteligentes, pilotos automáticos em carros, aplicativos cada vez mais inteligentes e diagnóstico médico aprimorado. Esses desenvolvimentos empolgantes em IA foram alcançados graças ao aprendizado de máquina, que usa enormes conjuntos de dados para treinar modelos de redes neurais artificiais. No entanto, o progresso está parando em muitas áreas porque os conjuntos de dados com os quais as máquinas aprendem devem ser cuidadosamente selecionados pelos humanos. Mas sabemos que o aprendizado pode ser feito com muito mais eficiência, porque os bebês não aprendem dessa maneira! Eles aprendem experimentando o mundo ao seu redor, às vezes até vendo algo apenas uma vez”, disse a Dra. Lorijn Zaadnoordijk, pesquisadora do Trinity College Dublin.
No estudo, a Dra. Lorijn Zaadnoordijk, o professor Dr. Rhodri Cusack, do Instituto de Neurociências do Trinity College Dublin (TCIN), e o Dr. Tarek R. Besold, da Universidade Técnica Eindhoven (TU Eindhoven), nos Países Baixos, argumentaram que melhores maneiras para aprender com dados não estruturados são necessários. Pela primeira vez, eles fazem propostas concretas sobre quais insights específicos do aprendizado infantil podem ser aplicados de forma frutífera no aprendizado de máquina e como exatamente aplicar esses aprendizados.
As máquinas, dizem eles, precisarão de preferências embutidas para moldar seu aprendizado desde o início. Elas precisarão aprender com conjuntos de dados mais ricos, capturados através de percepções. E, como bebês, elas precisarão ter uma trajetória de desenvolvimento, onde experiências e redes mudam à medida que ‘crescem’.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Trinity College Dublin (em inglês).
Fonte: Ciara O’Shea, Trinity College Dublin.
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