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Robô inteligente pode ajudar crianças com TDAH a se concentrarem em suas tarefas
E se um robô inteligente fosse capaz de monitorar individualmente a atividade de uma criança com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) de uma forma que a ajudasse a criar hábitos saudáveis ou focar quando ocorrer uma distração? É essa a proposta do projeto ATENT@, do qual participa um grupo de pesquisadores da Universidade Politécnica de Madri (UPM). O projeto visa desenvolver ambientes domésticos inteligentes que, através da aplicação de robótica e tecnologias IoT, ajudem as crianças com TDAH a manter a atenção enquanto estiverem fazendo atividades do dia a dia como a lição de casa, por exemplo.
O TDAH é uma condição crônica que afeta milhões de crianças e continua na idade adulta. Entre os sintomas estão a dificuldade em manter a atenção e hiperatividade e/ou comportamento impulsivo, entre outros.
“Os sintomas do TDAH podem fazer com que as crianças tenham uma complicação adicional ao realizar atividades cotidianas, como dever de casa ou manter a atenção nas aulas, com sucesso”, explicou a Dra. María Luisa Martín Ruiz, do Departamento de Engenharia Eletrônica e Telemática da Escola Superior Técnica de Engenharia e Sistemas de Telecomunicações da UPM (ETSIST-UPM), que participa do projeto. “Por isso, propusemo-nos a aplicar tecnologias de criação de ambientes inteligentes e robótica para ajudar estas crianças a manterem a atenção enquanto desempenham as suas funções em casa, como mais um elemento de apoio que ajuda a melhorar a sua qualidade de vida”, acrescentou a pesquisadora.
Como primeiro passo, os pesquisadores desenvolveram objetos inteligentes que são fixados em objetos do cotidiano dentro de casa, como a mesa ou cadeira, e que permitem monitorar o comportamento de crianças com TDAH durante uma atividade do dia a dia de qualquer criança; neste caso, a atividade de fazer o dever de casa. Esses objetos são conectados a um robô que analisa os dados e interage com a criança ajudando-a a focar sua atenção.
“Objetos inteligentes integrados à casa são aqueles que detectam e formalizam as ações da criança de acordo com as diretrizes de interesse estabelecidas pelos terapeutas na atividade considerada. No entanto, esses objetos são invisíveis para a criança, que tem apenas o assistente robótico como elemento de interação. O robô é aquele que estabelece um diálogo limitado com a criança com o objetivo de realizar pequenas intervenções em seu estado para que ela se concentre na atividade que estava fazendo ”, explicou o Dr. Iván Pau, pesquisador da ETSIST-UPM e também participante do projeto.
“As terapias não farmacológicas para o TDAH são baseadas na replicação das atividades diárias assistidas por um terapeuta ocupacional em um ambiente clínico. Isso implica dificuldades advindas da necessidade de transferência da criança para um centro, uma vez que a família nem sempre tem o tempo necessário para fazê-lo e, por outro lado, é difícil conseguir a generalização da aprendizagem. As sessões geralmente são limitadas a duas sessões por semana, no máximo, algo que geralmente não é suficiente. Por isso, a eficácia do tratamento de curto prazo não é evidente, o que significa que as famílias podem abandonar o tratamento”, explica a pesquisadora Dra. Nuria Máximo Bocanegra, da Universidade Rey Juan Carlos, que também participa do projeto. Se somarmos a isso à atual situação pandêmica, é necessário conseguir uma redução nas visitas aos centros sem prejudicar o atendimento, a fim de diminuir as chances de contágio.
“Facilitar ações terapêuticas à distância em crianças com esse transtorno representa apoio para suas famílias e seus terapeutas, principalmente nos momentos em que é necessário limitar ao máximo as interações diretas, como é o caso atualmente”, concluiu a Dra. Nuria.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Politécnica de Madri (em espanhol).
Fonte: Universidade Politécnica de Madri.
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