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Professor da UFPB é um dos autores de diretriz que ajuda médicos a identificar doença genética do coração
Quando se pensa em doenças cardiovasculares, em geral, é comum associar sua ocorrência a idosos, mesmo que notícias de morte súbita decorrentes de condições cardiovasculares em pessoas jovens, especialmente atletas, sejam cada vez mais habituais. Parte desses falecimentos são causados pela Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH), doença genética que causa alterações estruturais no músculo cardíaco. A boa notícia é que, desde abril deste ano, um documento produzido com a participação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está ajudando no diagnóstico e nas decisões médicas relacionadas a essa doença.
O especialista da UFPB que participou da elaboração do material, oficialmente intitulado ‘Diretriz sobre Diagnóstico e Tratamento da Cardiomiopatia Hipertrófica – 2024’, é o Dr. Marcelo Dantas Tavares, professor do Departamento de Medicina Interna (DMI) do Centro de Ciências Médicas (CCM) da UFPB. Ele é um dos 72 autores do documento, cuja realização é do Departamento de Insuficiência Cardíaca (DEIC) e do Grupo de Estudos de Miocardiopatias (GEMIC) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
O documento não é vinculante, ou seja, o médico não precisa, obrigatoriamente, seguir as orientações nele contidas, mas é um guia importante aos profissionais, cabendo a cada um adequá-las à sua prática clínica e ao caso individual do paciente. Escrito em formato de artigo científico, encontra-se disponível no site da SBC.
A CMH é uma doença genética do músculo cardíaco caracterizada pela hipertrofia, ou seja, o aumento no tamanho e no volume das paredes ventriculares, levando à disfunção do coração e a arritmias fatais. De acordo com o Dr. Marcelo Tavares, a expressividade genética bastante variável – isso significa que nem todo portador da mutação genética vai manifestar a doença – dificulta o diagnóstico adequado da CMH e provoca sua subnotificação.
“O que quero dizer é que nem todo mundo que tem a mutação vai ter alterações na estrutura e função do coração. Naqueles em que essas alterações se manifestam, elas podem se dar de forma leve ou fatal. Isso torna o curso clínico muitas vezes capcioso, surpreendendo atletas que desconheciam ser portadores da doença. Por isso, a história clínica e familiar pormenorizada, aliada a alguns exames cardiológicos complementares, são fundamentais no rastreio da doença”, explicou o professor.
Acesse a Diretriz sobre Diagnóstico e Tratamento da Cardiomiopatia Hipertrófica – 2024.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal da Paraíba.
Fonte: Vinícius Vieira e Aline Lins, Ascom/UFPB.
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