Destaque

Pesquisadores usam prótese craniana impressa em 3D para reconstrução cirúrgica

Fonte

UEL | Universidade Estadual de Londrina

Data

quarta-feira. 17 julho 2024 17:35

Pesquisadores do Departamento de Clínica Cirúrgica do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desenvolveram uma metodologia de prototipagem que pode reduzir os custos de cirurgias neurológicas de implante de próteses cranianas.

Essas cirurgias, chamadas de craniectomia descompressiva, são bastante comuns no Sistema Único de Saúde (SUS), indicadas para o tratamento da hipertensão intracraniana em situações graves de traumas cranioencefálicos. As técnicas mais comuns utilizadas pelos neurocirurgiões incluem retirar e conservar o pedaço do crânio para implante posterior ou reconstruir a calota craniana com próteses de polimetilmetacrilato (PMMA) customizadas por prototipagem.

Recentemente, os pesquisadores do CCS-UEL conseguiram fazer um protótipo e implantar em dois pacientes, com bons resultados. A técnica é importante para reconstruir a área lesionada, que muitas vezes traz uma aparência incômoda, como se o paciente ficasse sem parte do crânio, após se recuperar do edema cerebral. O Traumatismo Craniano Encefálico afeta cerca de 73 indivíduos por 100 mil habitantes/ano, o que resulta em aproximadamente 5,48 milhões de casos por ano, configurando um problema de saúde pública com impactos socioeconômicos.

O Dr. Adriano Antonucci, professor de Neurocirurgia do Departamento de Clínica Cirúrgica do CSS-UEL explicou que a redução dos valores foi possível com o domínio da técnica de prototipagem, permitindo produzir a prótese a partir da imagem da falha craniana.

O processo tem de ser feito de forma detalhada e meticulosa para ter encaixe perfeito e devolver a aparência da cabeça do paciente. “Nós fazemos o processo de reconstituição com alta precisão de forma que a parte do crânio implantada tenha todas as dimensões [corretas]”, explicou. Com a forma negativa projetada, os cirurgiões utilizam filamentos plásticos (PLS ou ABS) utilizados em impressoras 3D para fazer o molde. Por fim a cobertura é feita em PMMAe, a partir daí, a forma é esterilizada.

De acordo com o neurocirurgião, a colocação é outra etapa que exige cautela. Nos dois implantes realizados mês passado a equipe utilizou cera de osso em toda a superfície do molde, garantindo a fixação perfeita da prótese. Ele ressalta que em todo o processo foi utilizado material de primeira qualidade, como em todas as cirurgias de craniectomia descompressiva. A redução de custos foi garantida pelo fato de a própria equipe realizar o procedimento de prototipagem.

Acesse a notícia completa na página da Universidade Estadual de Londrina.

Fonte: Pedro Livoratti, Agência UEL.

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