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Pesquisadores propõem nova classificação internacional das varizes
Dor, sensação de pernas pesadas, inchaços, formigamento, coceira e até úlceras são alguns dos sinais e sintomas de varizes, uma doença venosa crônica muito comum, persistente e progressiva, que se agrava com o tempo quente, ao final do dia e após longas permanências em pé.
Apesar de representarem uma doença venosa de alta prevalência e do seu impacto muito significativo na qualidade de vida e nos custos em saúde, as varizes são frequentemente subestimadas e subtratadas.
Para melhorar a abordagem das varizes, um grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), em Portugal. propôs uma classificação das varizes completamente inovadora em nível mundial, cuja necessidade e aplicabilidade foi validada recentemente por um conjunto de peritos internacionais.
De acordo com o Dr. Armando Mansilha, professor da FMUP e especialista em Cirurgia Vascular, a proposta visa integrar, pela primeira vez, as características clínicas/anatômicas observáveis e os resultados de exames de imagem, notadamente do eco-doppler.
“As varizes são diferentes umas das outras. Esta nova classificação irá permitir estratificar as varizes, selecionar o tratamento adequado a cada paciente e gerir os resultados do pós-operatório, de forma individualizada”, explicou o coordenador do trabalho, publicado na revista científica International Angiology.
Como indicou o estudo, os especialistas mundiais, sobretudo cirurgiões vasculares, reconhecem limitações nas classificações atuais e concordam com a necessidade de uma classificação mais abrangente para a patologia.
O professor da FMUP espera que este seja um importante passo e uma contribuição decisiva para uma maior personalização da resposta à doença, que contempla uma série de intervenções, desde alterações do estilo de vida, controle do peso, modificação de posições, uso de meias elásticas, administração de medicação venoativa e intervenções por escleroterapia ou cirurgia, notadamente a cirurgia minimamente invasiva.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.
Fonte: Cláudia Azevedo, CINTESIS e Olga Magalhães, FMUP.
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