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Pesquisadores estudam nanopartículas de liga metálica para aplicações biomédicas
Pesquisadores do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) estudaram a influência da temperatura nas propriedades magnéticas de uma liga de níquel, ferro e molibdênio (NiFeMo) e sua viabilidade para aplicações biomédicas, em particular na técnica de hipertermia, que permite aquecimento localizado de células cancerígenas e, como consequência, sua eliminação.
O CDMF é um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
O trabalho foi detalhado em artigo publicado na revista científica Journal of Biomedical Materials Research.
As nanopartículas de NiFeMo foram sintetizadas com a técnica de coprecipitação na presença de aditivos orgânicos e dois estudos foram desenvolvidos a partir delas. O primeiro avaliou a evolução da morfologia, a estrutura cristalina, a composição química e as propriedades magnéticas do material em temperatura ambiente. O segundo investigou a viabilidade celular de fibroblastos, macrófagos e melanomas expostos às nanopartículas.
As nanopartículas aumentaram cerca de 114% em volume quando acompanhadas por uma estrutura cristalina estável a 1.000 °C. Foi observada redução de oxigênio e carbono de acordo com o aumento da temperatura de tratamento térmico e, como consequência, as propriedades magnéticas também foram alteradas.
Constatou-se ainda o nível de concentração em que as nanopartículas não são citotóxicas para células não tumorigênicas. Também foi observado incremento na absorção dessas nanopartículas acompanhando a maior concentração de células não tumorigênicas.
Segundo os autores, os resultados podem contribuir para um aumento de opções de nanopartículas magnéticas em futuras aplicações biomédicas voltadas ao tratamento do câncer.
Entre os pesquisadores que assinam o texto estão o Dr. Adilson Jesus Aparecido de Oliveira, professor da UFSCar e pesquisador principal do CDMF, e o Dr. Ronei Cardoso de Oliveira, pós-doutorando na mesma universidade e bolsista da FAPESP.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Agência FAPESP.
Fonte: CDMF via Agência FAPESP.
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