Destaque
Pesquisadores do CNPEM descobrem novo grupo de enzimas com potencial de ação nas áreas de saúde, nutrição animal e biocombustíveis
Fonte
CNPEM | Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais
Data
quinta-feira. 4 junho 2020 18:55
Os polissacarídeos são moléculas onipresentes na natureza servindo como barreira natural para as plantas, fonte de energia para algas e compõem a parede celular de fungos. A desconstrução ou modificação desses polissacarídeos tem grande interesse industrial como na indústria têxtil e de papel, assim como para a geração de biocombustíveis e intermediários químicos renováveis. Atualmente, a utilização desses polissacarídeos em subprodutos de interesse industrial exige o uso de reagentes químicos que geram impactos ambientais ou é realizada por enzimas industriais ainda pouco eficientes.
Trabalho do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) com uma família de enzimas encontrada tanto em bactérias como fungos revelou novas moléculas capazes de degradar e converter alguns desses polissacarídeos como beta-glucanos em produtos de interesse industrial.
As moléculas descobertas demonstraram características que poderão ter desdobramentos em aplicações bem conhecidas. As enzimas têm potencial para atuar como conservantes alimentícios, dada sua ação antifúngica. Em nutrição animal, as enzimas poderão atuar como facilitadoras da digestão de matérias ricas em fibras vegetais. Na indústria farmacêutica, as enzimas se mostraram capazes de produzir prebióticos, que são moléculas bioativas que têm sido, inclusive, estudadas para tratamento do câncer.
Testadas em escala laboratorial, as aplicações agora serão testadas e comparadas com os padrões atualmente disponíveis, de modo a verificar sua escalabilidade, ou seja, a possibilidade de se promover uma produção em escala industrial das possibilidades vistas em ambiente controlado.
“É um trabalho inspirado na biodiversidade molecular dos microrganismos. Sabíamos que bactérias e fungos são capazes de processar os β-glucanos, gerando açúcares fermentescíveis e moléculas biologicamente ativas, como prebióticos com ação antitumoral. Focamos em entender como isso acontece na natureza para que possamos projetar a aplicação desse conhecimento em diversos setores, da saúde à geração de biocombustíveis”, explica o Dr. Mario Murakami, coordenador da pesquisa do CNPEM.
Acesse a notícia completa na página do CNPEM.
Fonte: CNPEM.
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