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Pesquisadores desenvolvem calculadora de risco de mortalidade para pacientes internados com COVID-19
Já está disponível a calculadora de risco para a COVID-19, resultado de uma pesquisa que envolveu quase 4 mil pacientes que precisaram de internação em hospitais de quatro estados do país. A Dra. Joanna d’Arc Lyra Batista, professora da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) – Campus Chapecó, coordenou localmente a pesquisa, que teve o levantamento de dados de pacientes do Hospital Regional do Oeste (HRO).
Mais de 150 profissionais de saúde e estudantes foram envolvidos no estudo multicêntrico de pacientes com doenças causadas pelo SARS-COV-2. A coordenação geral é da professora Dra. Milena Marcolino, do Departamento de Clínica Médica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
A pesquisa teve como objetivo criar um score prognóstico para predizer as probabilidades de óbito, com base em aspectos de quando o paciente chega no hospital, como a idade e o resultado de alguns exames. Ou seja, com base nessas informações, a calculadora mostra, por meio de uma pontuação, qual a probabilidade de óbito desse paciente.
Os prontuários escolhidos foram de 3.978 pacientes (dos quais, 110 do HRO), que deram entrada em 18 hospitais entre 1º de março e 30 de setembro de 2020. Todos tinham covid-19 confirmada por exames laboratoriais.
Calculadora
De 20 dados dos pacientes, o grupo incluiu os sete mais significativos para o score de risco de mortalidade: idade, nitrogênio ureico no sangue, número de comorbidades, proteína C reativa, relação SpO2/FIO2, contagem de plaquetas e frequência cardíaca.
Com base nas probabilidades previstas, os pesquisadores estabeleceram os seguintes grupos de risco:
– baixo risco (pontuação 0-1, observada na mortalidade hospitalar 2,0%);
– risco intermediário (pontuação 2-4, mortalidade hospitalar 11,4%);
– alto risco (pontuação 5-8, mortalidade hospitalar 32,0%) e
– risco muito alto (pontuação maior que 9, mortalidade hospitalar 69,4%).
Segundo a professora Joanna, scores são bastante utilizados em várias doenças, especialmente as de difícil diagnóstico (como tuberculose infantil, por exemplo) e para doenças relacionadas à saúde mental.
Ainda de acordo com a professora, a calculadora é de livre acesso e pode ser utilizada facilmente pelas equipes de saúde à beira do leito, possibilitando a identificação precoce do risco de mortalidade. Com isso, a calculadora pode ajudar os médicos nas tomadas de decisão durante o tratamento, visando, sempre, a redução da mortalidade.
Contudo, diante das novas variantes, das mudanças rápidas da COVID-19 devido à sua natureza, além das novas formas de gerenciamento da doença, o desempenho da calculadora deve ser monitorado ao longo do tempo. Há, também, a necessidade de investigações se a utilização do score no pronto-socorro desencadeia, de fato, ações que reduzem complicações e mortalidade hospitalar.
Acesse a calculadora.
Acesse a notícia completa na página da UFFS.
Fonte: UFFS.
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