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Pesquisadores da Fiocruz MG trabalham na produção de hastes swab em impressoras 3D
Pesquisadores da Fiocruz Minas estão envolvidos em um projeto que visa produzir as hastes (cotonetes ou swab), necessárias para a realização do teste molecular (RT-PCR) para o diagnóstico da COVID-19. A proposta da pesquisa é fabricar as hastes por meio de impressão 3D, contribuindo dessa forma para auxiliar na superação de uma das dificuldades enfrentadas pelos órgãos de saúde no decorrer da pandemia, que é a compra desses materiais.
De acordo com o coordenador do projeto, Dr. Rubens do Monte, a pesquisa teve início no mês de julho, a partir de uma demanda da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Nesses dois meses, um dos trabalhos desenvolvidos pelos pesquisadores foi a formulação de uma resina própria para a impressão dos cotonetes, com características necessárias, como resistência, flexibilidade e biocompatibilidade.
“Em parceria com a AstroScience, uma empresa de Uberaba, no Triângulo Mineiro, chegamos a um modelo 3D da haste, realizamos vários testes de impressão e validamos funcionalmente o dispositivo, que é capaz de obter amostras em quantidades compatíveis com swabs convencionais. Agora nós iremos utilizar os dispositivos em pacientes sintomáticos, para comprovar a eficácia dele em acessar amostras de SARS-CoV-2 no nariz e garganta. Além disso, será avaliado o conforto (ou menor desconforto) desse novo swab comparando com swabs convencionais”, explicou o coordenador.
O pesquisador destacou ainda que, para que a solução valha a pena, é necessária uma produção em larga escala, pois a matéria-prima utilizada na fabricação dos cotonetes é importada e pode ter um custo elevado, caso não seja fabricado massivamente. Entretanto, havendo alta produtividade, é possível ter um material nacional, viável e bastante competitivo. A intenção dos pesquisadores é que essa solução seja oferecida ao Sistema Único de Saúde, podendo contribuir para o enfrentamento da pandemia no país.
“Um dos pilares da instituição é apoiar o SUS, promovendo a saúde e o desenvolvimento social, por meio da geração e difusão do conhecimento científico e tecnológico. A ideia, então, é oferecer a solução para o nosso Sistema Único de Saúde”, concluiu o pesquisador.
Acesse a notícia na página da Fiocruz.
Fonte: Fiocruz Minas.
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