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Pesquisadores criam caneta inteligente para ajudar médicos a detectar doença de Parkinson de forma ágil e precisa
Nos últimos 25 anos, a prevalência de pessoas com a doença de Parkinson dobrou em todo o mundo, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS): em 2019, mais de 8,5 milhões de pessoas viviam com a enfermidade. Ainda incurável, a doença tem na sua detecção precoce um fator determinante para o sucesso do tratamento, porém, como seus sintomas mais evidentes só surgem nos estágios finais, isso permanece um desafio.
Na tentativa de superar tal obstáculo, dois estudos inovadores propuseram uma solução computacional para ajudar no diagnóstico do Parkinson. A tecnologia alcançada já foi testada com sucesso e permite a identificação da doença de forma rápida e automática, mesmo em seus estágios mais iniciais.
Lideradas pelo Dr. Victor Hugo Costa de Albuquerque, professor do Departamento de Engenharia de Teleinformática da Universidade Federal do Ceará (UFC), as pesquisas foram desenvolvidas em parceria com outras instituições do Brasil e do exterior.
O primeiro estudo desenvolveu uma caneta inteligente capaz de analisar os movimentos de quem a usa, em um determinado teste, e identificar se a pessoa tem ou não a enfermidade. Realizada pelo pesquisador Eugênio Peixoto na Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e sob a orientação do professor Victor Hugo, a pesquisa elaborou um dispositivo eletrônico que é acoplado à tampa de uma caneta comum e que envia as informações sensoriais a uma interface computadorizada que faz a análise dos dados captados. Eugênio Peixoto segue como orientando do professor Victor Hugo, agora no doutorado em Engenharia Elétrica na UFC.
A caneta inteligente foi elaborada para ser usada pelo paciente, sob supervisão do médico, durante o chamado teste de diadococinesia em papel. Trata-se de uma avaliação já estabelecida na comunidade médica, que consiste em aferir a habilidade das pessoas de realizar movimentos rápidos, repetidos e alternados por meio de traços feitos por elas à mão.
Os resultados encontrados foram satisfatórios, mas ainda precisavam de aprimoramento. Foi então que uma outra pesquisa, empreendida pelo professor na UFC, foi iniciada para alcançar um algoritmo mais eficaz na detecção da doença de Parkinson. A caneta foi usada com a nova ferramenta computacional, trazendo resultados ainda mais promissores.
O dispositivo inovador é de baixo custo de reprodução e de fácil implementação e manuseio. Os pesquisadores destacam como grande vantagem o fato de que a caneta com o avançado algoritmo permitirá auxiliar no diagnóstico de pacientes em regiões onde os cuidados médicos podem ser limitados. Isso porque os resultados podem ser analisados também via Internet, o que possibilita que áreas de difícil acesso recebam tratamento com a mesma qualidade geral das regiões metropolitanas.
Acesse a notícia completa na página da Agência UFC.
Fonte: Sérgio de Sousa, Agência UFC.
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