A situação foi agravada pela pandemia, mas os estudiosos lembram que a COVID-19 é apenas um dos fatores que impactaram o serviço. Epidemias de gripe e vírus ebola tiveram efeitos significativos nos serviços cirúrgicos na última década. E fenômenos naturais associados às mudanças climáticas, bem como conflitos, continuam a representar uma ameaça substancial ao funcionamento desse sistema.
“O acúmulo de pacientes aguardando procedimentos eletivos é agora um dos desafios mais prementes para a saúde global nos próximos dez anos”, destacaram os pesquisadores.
Embora o SPI tenha sido desenvolvido durante a pandemia de COVID-19, ele foi projetado para ser aplicável a qualquer contexto de pressão do sistema de saúde. O trabalho mostra ainda que esforços concentrados para lidar com a preparação cirúrgica serão essenciais para lidar com os crescentes atrasos e mitigar os danos aos pacientes que aguardam a cirurgia eletiva.
“Melhorar a preparação provavelmente fortalecerá os serviços cirúrgicos eletivos contra futuros choques externos e apoiará a ampliação da cirurgia para atender às crescentes demandas. Portanto, o SPI apoia uma área de grande prioridade para a Organização Mundial da Saúde (OMS) para o progresso contínuo em direção ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 3 [da Organização das Nações Unidas – ONU]: Saúde e Bem-estar”, destacaram os pesquisadores.
Este é mais um trabalho desenvolvido pela plataforma de estudos internacional sobre a COVID-19 e a segurança em cirurgias chamada CovidSurg Collaborative, da qual o HRAC-USP participa. A iniciativa é liderada por pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, e conta com a participação de mais de 142 mil pacientes, 1.600 centros e 120 países. Essa colaboração internacional já resultou em diversos artigos publicados em 2021 e 2022 em importantes periódicos científicos internacionais.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Tiago Rodella/Serviço de Comunicação do HRAC-USP.
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