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Pesquisa liderada pelo HCPA/UFRGS incorpora tratamento de AVC ao SUS
O tratamento de trombectomia mecânica para o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI) teve sua tecnologia incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 19 de fevereiro e tem o aval da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (Conitec). A Dra. Sheila Martins, professora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), coordenou o estudo mundial Resilient, que foi realizado no SUS entre 2017 e 2019 com 231 pacientes. A Dra. Sheila é também fundadora da Rede Brasil AVC, presidente eleita da Organização Mundial do AVC e professora do Serviço de Medicina Interna e de Neurologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).
A pesquisa é a primeira realizada em países em desenvolvimento para evidenciar a diminuição do grau de incapacidade (sequelas) e a relação custo-efetividade de tratamentos para retirada de coágulos do cérebro nos quadros graves de Acidente Vascular Cerebral (AVC). O estudo contou com diversos pesquisadores e foi financiado pelo Ministério da Saúde. Seus resultados foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine em 2020, comprovando a eficácia e custo-efetividade do tratamento para o SUS. Até então, a trombectomia mecânica era oferecida, geralmente, em hospitais da rede privada e em poucos hospitais do SUS – terciários e acadêmicos –, já que ainda não tinha sido incorporado à rede pública.
O acidente vascular cerebral isquêmico é o tipo mais frequente de AVC (85% dos casos) e acontece quando um vaso sanguíneo que irriga o cérebro é entupido por um coágulo ou trombo. A trombectomia mecânica consiste no tratamento por cateterismo para pacientes com AVCI. No procedimento, insere-se um cateter (tubo fino e flexível) em um vaso sanguíneo na perna em direção ao cérebro, onde está o coágulo que entope a circulação cerebral. Dois procedimentos são possíveis para a correção do problema: abre-se um stent (prótese metálica inserida no vaso sanguíneo) que elimina o coágulo ou se faz uma aspiração pelo cateter para retirar o coágulo da circulação. É um procedimento fundamental para pelo menos 30% dos pacientes com AVCI, que não apresentam resposta positiva ao tratamento convencional feito com medicamentos.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da UFRGS.
Fonte: UFRGS, com informações do HCPA.
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