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Pesquisa aponta eficácia de telerreabilitação em pacientes com Parkinson
Pesquisadores da Faculdade de Medicina do Instituto de Ciências Médicas da Universidade Federal do Pará (UFPA) concluíram que a telerreabilitação é eficaz no tratamento de pacientes diagnosticados com Parkinson. O resultado da pesquisa desenvolvida no Núcleo de Oncologia da Universidade foi publicado na revista científica Frontiers in Neurology.
Durante a pandemia, pacientes que precisaram de fisioterapia enfrentaram dificuldades para seguir com o tratamento contínuo. “Nesse contexto, o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO) aprovou a telerreabilitação como uma estratégia de tratamento, permitindo que os pacientes pudessem continuar seus atendimentos sob a supervisão dos profissionais da área da saúde”, explicou Luciana Pastana Ramos, uma das pesquisadoras do projeto e professora do Instituto de Ciências Biológicas da UFPA.
Proximidade digital
Ao todo, 19 pacientes com Parkinson em estágios leves e moderados foram divididos em dois grupos. Um deles executou os exercícios sob supervisão remota de fisioterapeutas, três vezes na semana, durante cerca de uma hora.
O segundo grupo realizou um conjunto de exercícios desenhados e descritos em cartilhas que foram disponibilizadas pela equipe de pesquisadores. Esse grupo também manteve um acompanhamento semanal remoto, no qual relatava os efeitos do tratamento à equipe.
A avaliação do progresso dos pacientes ocorreu a cada intervalo de quatro semanas, ou seja, após um mês de exercícios e, novamente, após mais um mês, quando a rotina dos exercícios já havia sido interrompida.
Em ambos os casos, cuidadores estavam com os pacientes na realização dos exercícios e também durante o contato com os pesquisadores.
Mais movimentos
“Nossa equipe realizou um ‘estudo cego’, isto é, os avaliadores não tinham conhecimento sobre qual tratamento cada paciente estava recebendo. Nossos resultados indicaram que, em ambos os grupos, os pacientes apresentaram melhoras nos sintomas motores usando as técnicas de telerreabilitação”, destacou a pesquisadora da UFPA.
Os pacientes foram avaliados com base no Timed Up and Go, observando quanto tempo cada um levava para percorrer dez metros, antes e após a realização da telerreabilitação.
A diminuição da velocidade de movimento é um dos principais sintomas da Doença de Parkinson. “Esses pacientes frequentemente enfrentam limitações para movimentar o corpo, caminhar ou escrever, por exemplo. Quando promovemos melhoras nos sintomas motores, estamos contribuindo com a sua qualidade de vida e até mesmo com o aumento na possibilidade de seguir nos demais eixos do tratamento”, concluiu a professora Luciana Ramos.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal do Pará.
Fonte: Assessoria ICM/UFPA.
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