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Parteiras unem tradição e ciência no cuidado com as mulheres
A tradição, que vem de um saber ancestral, e a ciência, baseada em evidências, são conhecimentos que andam lado a lado quando se fala no trabalho das parteiras.
No Brasil, a assistência ao parto por enfermeiras obstetras está prevista em uma lei de 1986 e em resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Pela legislação, compete às enfermeiras prestar assistência ao parto normal de evolução fisiológica e ao recém-nascido.
Esses partos podem acontecer em hospitais, em casa ou nas casas de parto. São gestações de baixo risco e o atendimento segue um modelo respeitoso, que ajuda a diminuir as taxas de partos por cesariana.
“Sim, partos assistidos por enfermeiras, por parteiras, reduzem o número de cesarianas consideravelmente. Aqui no Distrito Federal a gente tem vários estudos que já mostraram que em locais onde nós temos a residência de enfermagem obstétrica, a gente tem redução de cesarianas e de intervenções de maneira geral”, explicou Nayane Cristina, parteira que atua no Sistema Único de Saúde (SUS), em Brasília.
Dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) apontam que, no país, a taxa de cesarianas é de 55%. Na rede particular, o índice ultrapassa os 80%.
É importante destacar que a escolha pelo acompanhamento com parteiras não exclui o papel dos médicos na gestação. As parteiras também atuam munindo as gestantes de informações, considerando a autonomia das mulheres.
Para a médica obstetra Dra. Monique Novacek, as mulheres que contam com esse duplo cuidado chegam mais preparadas para o parto: “Ela vai fazer questão do acompanhante, vai fazer questão de um ambiente calmo e respeitoso para ela, vai fazer questão que o médico explique para ela também se precisar ir para uma cesárea, porque disso acontecer”.
A medicina trouxe avanços que salvam vidas diariamente. Ao mesmo tempo, há beleza em ver que as tecnologias ancestrais persistem. As parteiras tradicionais, aquelas que aprenderam o ofício de forma oral, observando outras mulheres, e que atuam Brasil afora, continuarão a amparar as crianças, nas mãos modernas das mulheres que atendem a esse chamado.
Acesse a notícia completa na página da Agência Brasil.
Fonte: Fran de Paula, Agência Brasil.
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