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Novos desafios da vida moderna impactam na saúde mental de crianças e adolescentes
Especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) abordaram a saúde mental na infância e adolescência, trazendo reflexões importantes sobre a era digital, o uso de telas e as consequências da pandemia de COVID-19 para a saúde mental. O projeto ‘Mente Sã, Corpo São‘ foi criado em apoio à campanha ‘Janeiro Branco’, que visa conscientizar sobre a importância da saúde mental. Profissionais, preceptores, acadêmicos e pacientes atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos 41 hospitais vinculados à Ebserh são convidados a refletir sobre o cuidado com o bem-estar emocional.
A importância da saúde mental na infância e adolescência
A saúde mental na infância e adolescência deve ser priorizada, visando prevenir problemas e promover o bem-estar desde cedo. É importante que pais, educadores e profissionais de saúde estejam atentos aos sinais de sofrimento psíquico nessa faixa etária, oferecendo suporte e orientação adequados, e a campanha ‘Janeiro Branco’ é uma oportunidade para aprofundar aspectos e estimular a busca por ajuda profissional, quando necessário.
O Dr. Bruno Lima, psiquiatra da infância e adolescência do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/Ebserh), relatou que, atualmente, os principais problemas enfrentados nessa faixa etária são os transtornos do desenvolvimento (como o do déficit de atenção e/ou hiperatividade e o do espectro do autismo), transtornos de ansiedade (como a ansiedade generalizada, a fobia social e a ansiedade de separação) e transtornos de humor (como a depressão maior e o transtorno bipolar).
Segundo o especialista, os sinais de alerta podem variar de acordo com a condição psiquiátrica de base. Dentre os sintomas mais comuns, destaca-se a dificuldade de concentração, que pode resultar em um desempenho escolar abaixo do esperado, acompanhado de comportamento hiperativo. A irritabilidade crescente também merece atenção, assim como o déficit na interação e comunicação social, que podem estar associados a comportamentos estereotipados e interesses fixos e restritivos.
Além disso, é importante considerar os achados de sensibilidade sensorial, como intolerância a ruídos altos, seletividade alimentar, hiposensibilidade à dor ou hipersensibilidade tátil. A preocupação excessiva e a ansiedade antecipatória também são frequentes e podem ser de difícil controle. Outros indicativos de que algo não vai bem incluem: humor irritado, tristeza, desânimo, falta de interesse pelas atividades habituais, cansaço fácil e baixa autoestima.
Alterações no sono e no apetite devem ser observadas atentamente. Como explicou o médico, “se houver muita desesperança, insatisfação com a vida e pensamentos de morte é necessária uma avaliação médica urgente. Sempre que o funcionamento da criança ou do adolescente mudar por um período mais prolongado, havendo uma ruptura da apresentação habitual ou início de sofrimento psíquico, é hora de buscar ajuda de um especialista”.
O psiquiatra alertou que rotina e equilíbrio nas atividades de vida diária são cuidados essenciais para garantir o bem-estar mental de crianças e adolescentes. E recomendou que crianças e adolescentes devem “acordar e dormir nos mesmos horários todos os dias com tempo suficiente de sono restaurador; evitar exposição excessiva à tela e a jogos eletrônicos; fazer atividade física e/ou esportes diariamente”. Já os pais ou responsáveis devem ” incentivar as crianças e os adolescentes a saírem do mundo virtual, participando de brincadeiras saudáveis de socialização com seus pares; estimular que os menores tenham tempo diário de estudo na escola e em casa; manter alimentação salutar de preferência com a dieta mediterrânea; não permitir que eles façam uso de álcool ou outros tipos de substâncias psicoativas”.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: Andreia Pires e Danielle Campos, Coordenadoria de Comunicação Social/Ebserh.
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