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No Reino Unido, novo investimento para o desenvolvimento de artérias bioartificiais
Pesquisadores da Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, receberam £ 377.000 (cerca de R$ 2,8 milhões) do Medical Research Council (MRC) para desenvolver artérias bioartificiais para tratar doenças cardiovasculares.
O prêmio, conquistado pelo Dr. Junxi Wu, do Departamento de Engenharia Biomédica de Strathclyde, permitirá que ele conduza uma equipe multidisciplinar com experiência em biologia vascular e bioengenharia para desenvolver artérias bioartificiais que imitem as artérias naturais. Se bem-sucedida, a artéria bioartificial, criada usando apenas células humanas e proteínas da matriz vascular e sem materiais sintéticos, poderá ser usada em pacientes com doença cardiovascular para contornar artérias bloqueadas.
As doenças cardiovasculares ocorrem quando as artérias ficam bloqueadas devido a fatores como tabagismo, pressão alta ou colesterol, diabetes ou estilo de vida sedentário e podem levar a eventos potencialmente fatais, como ataques cardíacos e amputações.
O melhor tratamento é substituir uma artéria doente por um vaso sanguíneo saudável retirado de outra parte do corpo do paciente. No entanto, muitos pacientes não têm vasos sanguíneos adequados para o transplante.
Novo tratamento
Enxertos vasculares protéticos sintéticos – essencialmente tubos de plástico – podem ser usados para substituir grandes artérias, como a aorta, mas não tiveram muito sucesso como substitutos para artérias menores, como aquelas no coração e nas pernas, e têm uma alta incidência de rebloqueio e infecções.
Uma alternativa é usar células de origem humana para construir uma artéria bioartificial que se comporte como uma artéria natural. No entanto, nenhuma das artérias bioartificiais atualmente disponíveis é tão durável quanto as artérias naturais e nenhuma superou os enxertos vasculares protéticos sintéticos.
O Dr. Junxi adotou uma abordagem interdisciplinar integrando moldagem de células 3D e bioimpressão 3D para desenvolver artérias bioartificiais que imitam a morfologia e a função da estrutura natural da artéria.
A função e durabilidade desta artéria bioartificial inovadora serão estudadas em um sistema de cultura de perfusão biomimética avançado e em um modelo de camundongo. Isso formará a base para o próximo estágio de grande ensaio com animais e aplicação clínica.
“O desenvolvimento bem-sucedido de uma artéria bioartificial promete um novo tratamento potencial para doenças vasculares potencialmente fatais. Ao final do projeto, queremos ter certeza de que a artéria artificial funciona como uma artéria natural para que possamos passar para o próximo estágio de desenvolvimento clínico”, concluiu o Dr. Junxi Wu.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Strathclyde (em inglês).
Fonte: Universidade de Strathclyde.
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