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No Reino Unido, financiamento apoia tecnologia de Inteligência Artificial para calcular o risco de pré-eclâmpsia
Uma proposta de projeto para desenvolver uma nova tecnologia de inteligência artificial (IA) para calcular o risco de pré-eclâmpsia das mulheres foi bem-sucedida na última rodada do Prêmio de Inteligência Artificial em Saúde e Cuidados do Governo do Reino Unido.
O King’s College de Londres, em parceria com a Universidade de Strathclyde, no Reino Unido, recebeu quase £ 150.000 (cerca de R$ 1,12 milhão) em parte do financiamento ao longo de um ano. Aproximadamente £ 110.000 (pouco mais de R$ 800 mil) irá financiar pesquisas inovadoras de IA em Strathclyde com o restante usado para apoiar atividades de desenvolvimento de aplicativos e divulgação.
Os pesquisadores pretendem desenvolver, com parceiros da indústria, um aplicativo para determinar o risco individual de mulheres com pré-eclâmpsia e sua gravidade potencial, incluindo complicações pós-parto. Eles planejam combinar duas formas existentes de uma ferramenta de cálculo conhecida como PIERS (Pre-eclampsia Integrated Estimate of Risk Score), em um sistema integrado que possa ajudar mulheres, profissionais de obstetrícia e médicos.
“Desenvolver, validar e implementar os modelos PIERS tem sido um trabalho de 20 anos até o momento. Durante esse tempo, nosso pensamento sobre abordagens, como o desenvolvimento de modelos distintos para configurações com ou sem recursos e os métodos usados para desenvolver e testar modelos, evoluiu. Este prêmio oferece a oportunidade de fornecer individualmente às mulheres grávidas com hipertensão, suas famílias e seus provedores de cuidados, informações precisas sobre seus riscos, para que decisões compartilhadas ideais possam ser tomadas sobre o local de atendimento e o momento do parto. Isso é importante porque a pré-eclâmpsia acarreta riscos aumentados de morte materna, natimortalidade e morte de recém-nascidos, bem como eventos de ‘quase acidente’, quando as mortes são evitadas por pouco”, disse o Dr. Peter von Dadelszen, pesquisador principal do projeto e professor de Saúde Global da Mulher do King’s College de Londres.
“Isso é verdade quer uma mulher viva em Londres ou Lusaka, Glasgow ou Garissa – é uma questão de atendimento distribuído, equitativo e de excelência de cuidados”, destacou o professor.
A Dra. Kimberley Kavanagh, professora sênior do Departamento de Matemática e Estatística de Strathclyde, é parceira do projeto. Ela disse: “A pré-eclâmpsia é a forma mais perigosa de pressão alta na gravidez. É responsável pela morte de mais de 70.000 mulheres e 500.000 bebês todos os anos em todo o mundo e custa apenas ao NHS [o sistema nacional de saúde no Reino Unido] £ 300 milhões anuais [cerca de R$ 2,25 bilhões]”.
“A maioria de uma em cada 30 mulheres grávidas que desenvolvem pré-eclâmpsia tem uma doença leve que desaparece logo após o nascimento. No entanto, cerca de uma em cada dez mulheres do Reino Unido com pré-eclâmpsia experimentam complicações que ameaçam ou alteram suas vidas, como derrame”, concluiu a professora.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Strathclyde (em inglês).
Fonte: Universidade de Strathclyde.
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