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No Canadá, pesquisadores desenvolvem Inteligência Artificial para ajudar a prever – e prevenir – o diabetes
Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Toronto e de hospitais parceiros, no Canadá, está trabalhando em uma maneira de implantar inteligência artificial para prever riscos de diabetes em pacientes.
O Dr. Jay Shaw, cientista do Women’s College Research Institute e professor do Departamento de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da Universidade de Toronto, é um dos líderes de uma equipe que recentemente recebeu mais de $ 900 mil (cerca de R$ 3,2 milhões) em financiamento ao longo de três anos do Canadian Institute for Advanced Research (CIFAR) para desenvolver uma nova estrutura para a implantação responsável de modelos de aprendizado de máquina para prever o risco de diabetes na região de Peel, em Ontário, uma das maiores e mais diversas comunidades do Canadá.
O projeto, coliderado pela epidemiologista Dra. Laura Rosella, professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Toronto, desenvolveu modelos que utilizam dados coletados rotineiramente no sistema de saúde para ajudar a prever o início do diabetes até cinco anos antes do diagnóstico.
“Nossa equipe desenvolveu e validou modelos que podem prever antecipadamente a incidência e as complicações do diabetes. Esses modelos já foram validados, o que significa que seu desempenho para cumprir seus objetivos de prever o início e as complicações do diabetes já foi estabelecido, permitindo-nos focar na melhor forma de implementar esses modelos para que sejam utilizados de forma eficaz e responsável”, disse o professor Jay Shaw.
Os pesquisadores utilizarão estes modelos para construir um painel que possa ser utilizado pelos decisores do sistema de saúde para planear intervenções no sistema de saúde que abordem as necessidades de prevenção relacionadas com o diabetes e preencham lacunas na equidade na saúde, identificando populações de alto risco.
A região de Peel foi selecionada como local para implementar os modelos porque é uma área onde a ocorrência de diabetes é elevada, com uma taxa de incidência de diabetes em 2015 de 1.192 por 100.000 habitantes – um aumento de 182% desde 1996, de acordo com o relatório do estado de saúde da região de 2019. A região de Peel também tem uma população diversificada, onde 51% dos residentes são imigrantes e 62% se identificam como minoria.
Estima-se que, até 2030, quase 14 milhões de canadenses terão diabetes ou pré-diabetes. Prevê-se que isto custe aos sistemas de saúde quase 5 bilhões de dólares canadenses (cerca de R$ 18 bilhões). A complexidade da progressão e do diagnóstico da doença, juntamente com o aumento das disparidades na saúde com base em fatores socioeconômicos, levou a piores taxas e resultados entre as populações marginalizadas.
Os pesquisadores esperam que a pesquisa ajude os decisores a compreender melhor como podem utilizar os recursos de forma responsável para melhorar a prevenção e o diagnóstico da doença e, por sua vez, melhorar os resultados de saúde.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Toronto (em inglês).
Fonte: Rachel LeBeau, Universidade de Toronto.
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