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Músculos cultivados em laboratório são usados para estudar a distrofia muscular de Duchenne e desenvolver tratamentos
Dentro de uma placa de Petri em um laboratório da Universidade de Toronto, no Canadá, está um músculo – cultivado do zero com células-tronco humanas – que tem distrofia muscular de Duchenne (DMD).
Para estudar as propriedades biológicas da DMD, um distúrbio muscular degenerativo que afeta principalmente os homens, os pesquisadores da Universidade de Toronto obtiveram linhas de células de pessoas que vivem com a doença e as usaram para criar músculos em miniatura em laboratório. Agora, eles estão ajudando outros pesquisadores e parceiros da indústria a desenvolver e testar novos tratamentos que podem ajudar pacientes que sofrem de DMD.
A equipe de pesquisa é liderada pelo Dr. Bryan Stewart, professor de Biologia da Universidade de Toronto Mississauga, e pela Dra. Penney Gilbert, professora do Instituto de Engenharia Biomédica e do Centro de Pesquisa Celular e Biomolecular da Universidade de Toronto. O Dr. Stewart é especialista em fisiologia de neurônios e músculos. A Dra. Penney Gilbert, é especialista em restaurar o músculo esquelético usando células-tronco.
A DMD é causada por uma mutação genética que impede o corpo de produzir distrofina, a proteína que permite o funcionamento dos músculos. É uma condição rara – que ocorre em uma entre 3.500 a 5.000 crianças do sexo masculino em todo o mundo – mas é devastadora. A partir dos cinco anos de idade, a DMD danifica e enfraquece progressivamente os músculos, incluindo o coração. A maioria das crianças com DMD terá que usar uma cadeira de rodas. E a maioria morrerá antes de chegar aos 30 anos.
A Dra. Penney Gilbert diz que a inovação biomédica de criar músculos “significa que pela primeira vez é realmente possível estudar a DMD e a conexão nervo-músculo fora do corpo. Isso nos dá a oportunidade de revisitar as observações feitas décadas atrás que pareciam sugerir que a conexão músculo-nervo na DMD pode ser prejudicada. Agora vamos ver se isso pode ser observado em nosso modelo. E se observarmos, podemos tentar usar isso como um ponto de partida para encontrar moléculas que possam melhorar a conexão músculo-nervo”, explicou a pesquisadora.
A equipe está trabalhando para tornar seus modelos 3D de músculos mais representativos. Eles estão prestando especial atenção à variação na estrutura e função muscular que pode existir em pessoas com DMD.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Toronto (em inglês).
Fonte: Paul Fraumeni, Universidade de Toronto.
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