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Movimento da língua em bebês pode apontar para a prática de linguagem ‘silenciosa’
Acredita-se que os movimentos da língua em bebês de 0 a 12 meses possam ser a ‘fase silenciosa’ do desenvolvimento da linguagem, quando a língua começa a praticar a formação de certos sons antes de vocalizá-los, no que é conhecido como fase de balbucio.
A Dra. Catherine Laing, professora do Departamento de Linguagem e Ciências Linguísticas da Universidade de York, no Reino Unido, está usando a tecnologia de ultrassom em bebês para analisar os movimentos da língua e ver se há alguma correlação com os sons e palavras que são falados diretamente a eles, ou com os sons que eles ouvem.
A tecnologia ainda não foi usada para analisar o aprendizado de idiomas em crianças menores de três anos, mas é um passo importante para a compreensão da evolução do desenvolvimento da linguagem, bem como sobre de que modo certas práticas comuns, como o uso de chupetas, e alterações, como a fenda palatina, podem impedir o movimento da língua ou interromper os padrões de movimento aprendidos.
Processo complexo
A professora Catherine Laing destacou: “O desenvolvimento da linguagem é um processo extremamente complexo e, no entanto, acontece em um ritmo tão rápido – normalmente entre as idades de quatro meses e três anos de idade. Saber mais sobre como o aprendizado de idiomas acontece pode ajudar a informar as políticas de saúde e educação dos primeiros anos, bem como apontar para melhores métodos de apoio para melhorar os resultados de aprendizagem de crianças em risco de dificuldades posteriores de fala e linguagem”.
“O desenvolvimento da linguagem pode ser uma fonte de grande ansiedade para os pais, portanto, ter acesso a conselhos e apoio de profissionais de saúde e terapeutas de linguagem apoiados por pesquisas é um passo significativo em como abordamos esses primeiros anos cruciais do aprendizado de uma criança”, complementou a pesquisadora.
Ultrassom
O estudo, apoiado por pouco mais de £ 1 milhão (cerca de R$ 6,45 milhões) do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC), usará dados de ultrassom para ajudar a ‘mapear’ a forma do trato vocal de crianças e mostrar como elas podem ensaiar os sons da fala e desenvolver os movimentos finos necessários para a produção da fala.
A eficácia do ultrassom em auxiliar nessa coleta de informações pode fornecer uma base de evidências para que sejam usados em áreas mais clínicas, quando crianças enfrentam problemas com a fala, por exemplo, e precisam do apoio de serviços de fonoaudiologia.
“O uso do ultrassom no desenvolvimento da linguagem é uma área empolgante e que ainda não havia testado o desenvolvimento vocal de bebês. Esperamos que também possa nos ajudar a apontar as diferenças, se houver, entre as habilidades linguísticas aprendidas com os pais e cuidadores conversando diretamente com um bebê e os sons que eles podem captar nas conversas que acontecem ao seu redor”, concluiu a Dra. Catherine Laing.
Acesse a notícia completa na página da Universidade de York (em inglês).
Fonte: Samantha Martin, Universidade de York.
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