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Medo de cair recebe classificação internacional por pesquisa de enfermeira sul-mato-grossense
Cair geralmente não representa um problema para quem é jovem. Porém, na terceira idade é uma questão de saúde pública. Cerca de 30 a 45% dos idosos com 60 anos ou mais sofrem, pelo menos, uma queda anualmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). E muitos casos têm um desfecho fatal.
De Três Lagoas (MS), a enfermeira e professora universitária Dra. Silvana Barbosa Pena se dedicou a pesquisar o assunto e conseguiu inscrever seu nome no Diagnosis Development Committee (DDC, Comitê de Desenvolvimento de Diagnósticos) da NANDA-I por meio de uma análise publicada este ano sobre o medo de cair como fator de risco para quedas em idosos.
A publicação internacional tem grande significado por se relacionar com três classificações técnicas da Enfermagem: a NANDA-I, a NOC e a NIC. As três trazem conjuntos de termos compreendidos por todos os enfermeiros, utilizados para descrever os fenômenos de Enfermagem e auxiliar na tomada de decisão envolvendo diagnósticos de Enfermagem. “Importante frisar que todas as ações de Enfermagem são baseadas em ciência e teorias”, destacou a Dra. Silvana.
“Classificações possibilitam que a Enfermagem seja reconhecida como ciência e com um papel definido na Sistematização da Assistência em Enfermagem, a SAE. Organizam o trabalho profissional quanto ao método, pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem”, explicou a pesquisadora.
Silvana orgulha colegas sul-mato-grossenses e brasileiros da Saúde por produzir mais uma contribuição da Enfermagem para a Ciência, e ajudar a prolongar a vida de pessoas idosas na prática.
Desde 2013, a professora investiga o tema de sua publicação, mesmo ano em que ingressou no doutorado em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O medo de cair como fator de risco
A queda em idosos é multifatorial, ou seja, está ligada a vários e diversos fatores. O medo de cair, avaliado como um indicador do fator de risco por Silvana, apresentou uma razão de chance de queda de 12,1 (IC 95% = 10,7-13,7) quando comparada ao grupo sem medo de cair. Estudos encontraram prevalência do medo de cair entre 25% a 86% dos idosos que vivem na comunidade, estando ele presente também nos idosos que não apresentaram quedas.
Este medo impacta negativamente a vida dos idosos com a restrição das atividades, comprometimento da funcionalidade física, psicológica e mental. Por outro lado, pode ser positivo quando torna a pessoa da terceira idade mais cautelosa e cuidadosa, e inspira mais atenção por parte dos cuidadores.
Acesse a notícia completa na página do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN).
Fonte: COREN-MS e COFEN.
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