Destaque
Manta térmica descartável para aquecimento ajuda na recuperação de pacientes
Fonte
FAPEMIG | Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
Data
sábado. 3 julho 2021 11:10
Em tempos de coronavírus, a imagem de uma luva plástica descartável com água quente amarrada à mão de um paciente internado viralizou o mundo pelas redes sociais. A ideia de uma enfermeira carioca, além de procurar esquentar a mão dos pacientes em dias frios, também buscou aumentar a sensação de calor humano aos enfermos de COVID-19, em muitas vezes solitários em leitos de hospitais.
Esse aquecimento aos internados é de suma importância para a recuperação de pacientes, em diferentes doenças que vão além da COVID-19. Pensando em otimizar os tratamentos hospitalares, a empresa SensyMed, especializada em equipamentos médicos de alta tecnologia, criou uma manta térmica descartável (SensyBlanked) para ser utilizada em hospitais. Mais higiênica e de fácil utilização, a manta já foi aprovada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e está disponível para venda.
Segundo um dos sócios da Sensymed, William Hideki Yanaguizawa, a empresa foi a primeira a nacionalizar a manta térmica, que antes só poderia ser importada. “Passamos a participar de licitações e concorrências de hospitais e hoje atendemos vários, públicos e privados em diferentes partes do Brasil”, orgulha-se o empreendedor.
William explica que a manta é utilizada em casos pós-operatórios, pois uma das complicações mais comuns em período que envolve anestesia é a hipotermia, que atinge 60% a 85%de todos os pacientes na sala de pós-anestésico. E isso, quando não é utilizado um sistema de aquecimento, pode causar um salto de 19% para 31% na mortalidade de pacientes que desenvolvem o quadro. A hipotermia pode ainda desencadear outros problemas mais sérios, até mesmo cardíacos e neurológicos. “ E a procura aumentou ainda mais devido à pandemia, pois o equipamento ajuda na recuperação dos pacientes”, afirmou o gestor.
Inovação
A SensyMed foi fundada 2007 durante o curso de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel). Teve seu início na Incubadora Municipal de Empresas de Base Tecnológica de Santa Rita do Sapucaí – MG, mudando-se para Itajubá – MG em 2012. Desde então, parcerias foram realizadas com o Hospital Odontomed, com a Faculdade de Medicina de Itajubá e com a Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
A empresa foi uma das participantes da primeira edição do Tecnova, projeto que apoia o desenvolvimento de produtos (bens ou serviços) e/ou processos inovadores de empresas brasileiras, e que em Minas Gerais, é realizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). No total, a empresa recebeu cerca deR$ 350 mil, o que resultou no aquecedor de paciente por ar forçado e na manta térmica descartável. “Ajudou a concretizar o projeto. Sabemos que trabalhar com o setor de saúde é difícil no Brasil, mas conseguimos avançar e hoje estamos operando”, concluiu William Hideki.
Acesse a notícia completa na página da FAPEMIG.
Fonte: Téo Scalion, FAPEMIG.
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