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Incontinência urinária aumenta com idade, baixa escolaridade e pior renda
Em Portugal, 9,9% das mulheres com mais de 18 anos reportam que sofrem de incontinência urinária. A prevalência desta doença aumenta significativamente com a idade, sendo mais elevada em mulheres com baixos rendimentos e com menos escolaridade.
Estas são algumas das principais conclusões de um estudo realizado por um grupo formado por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) Dra. Margarida Manso (primeira autora) e Dr. Francisco Cruz.
Publicado na revista científica World Journal of Urology, o trabalho analisou dados relativos a 10.465 mulheres com idade superior a 18 anos. As mulheres que afirmaram sofrer de incontinência urinária foram depois distribuídas em função da idade, do nível de escolaridade e do rendimento.
Os resultados mostram a prevalência de incontinência urinária auto-reportada aumenta com a idade (28,9% nas mulheres entre os 75 e os 85 anos), o que é consistente com outros estudos. A doença é também mais frequente em mulheres com menor escolaridade (28,2%) e com rendimentos mais baixos (14,4%).
“Para os clínicos, a avaliação da escolaridade e do nível socioeconômico das pacientes passa a ser também um fator fundamental quando oferecemos tratamentos para a incontinência urinária”, considerou o Dr. Francisco Cruz, professor da FMUP e representante da especialidade de Urologia na Comissão Científica da International Continence Society (ICS).
Como sublinhou o especialista, “as mulheres com menos escolaridade e com menos rendimentos tendem a ser também as que têm menor acesso a cuidados de saúde, incluindo medicamentos e medidas de prevenção, tais como o controle do peso e o reforço do pavimento pélvico no pós-parto”.
Acesse o resumo do artigo científico (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade do Porto.
Fonte: Cláudia Azevedo e Olga Magalhães, FMUP.
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