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Hospital HULW-UFPB/Ebserh é único hospital-escola da Paraíba que faz cirurgias corretivas de deformidades dentofaciais pelo SUS
Quem tem mandíbula proeminente (com aparência de queixo grande ou para frente) muitas vezes enfrenta problemas de mastigação, fala, respiração e estética. Esse tipo de deformidade dentofacial pode ser corrigido com a cirurgia ortognática, procedimento relacionado à posição do maxilar e da mandíbula, e que está disponível no Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW-UFPB/Ebserh).
Hospital-escola da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh/MEC), o Lauro Wanderley é referência em cirurgia ortognática na Paraíba e o único hospital-escola no Estado que tem programa de cirurgia ortognática pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Desde 2014, quando o serviço passou a ser ofertado, foram realizadas 45 cirurgias. Em média, chega a dois anos o período entre o preparo ortodôntico e a realização da cirurgia.
Coordenador do Programa de Residência em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-faciais da UFPB, o professor e cirurgião bucomaxilofacial Dr. Marcos de Paiva explicou que a deformidade dentofacial é congênita, ou seja, ocorre com o desenvolvimento dos ossos faciais do indivíduo. “Essa deformidade provoca defeitos faciais que prejudicam a pessoa do ponto de vista social e fisiológico. Compromete o maxilar e/ou mandíbula, resultando em importante impacto sobre fala, mastigação, respiração, audição e estética facial. Além disso, influencia de maneira significativa a saúde, muitas vezes inviabilizando o convívio social do indivíduo, não só pela morbidade, mas principalmente pelos distúrbios emocionais que interferem no desenvolvimento da autoestima, nas relações interpessoais e na inserção do indivíduo no meio cultural e econômico”, afirmou o especialista.
Diversas pesquisas mostram que as deformidades dentofaciais afetam a qualidade de vida das pessoas com essa condição. “Há pacientes que desenvolvem até depressão por conta desses problemas. O distúrbio psicológico, muitas vezes, é pior até que o funcional. Às vezes, a pessoa sofre bullying, recebe apelidos pejorativos, e a maior vontade que esse paciente tem é de se ver livre dessas características, dado o desprezo da sociedade”, afirmou o cirurgião Marcos de Paiva.
Cirurgia envolve equipe multidisciplinar e uso de software
A cirurgia ortognática exige todo um preparo ortodôntico, no qual os dentes do paciente sofrem um alinhamento. É comum que o preparo ortodôntico pré-cirúrgico se estenda pelo período de um ano ou até mais. Após o reposicionamento dos dentes, o indivíduo está apto a fazer a cirurgia para correção da deformidade dentofacial. Antes, porém, o paciente passa por novas avaliações para que seja dado o encaminhamento preparatório à cirurgia, que tanto pode envolver mandíbula (parte inferior) e maxilar (parte superior), quanto apenas um desses ossos, a depender da deformidade.
Conforme o Dr. Marcos de Paiva, a cirurgia é complexa e envolve uma equipe multidisciplinar, com participação de ortodontista, cirurgião bucomaxilofacial, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e psicólogo. “Contamos com uma estrutura coesa, para que o paciente tenha um bom acompanhamento, tanto no pré-operatório, quanto no pós-operatório. E a Residência tem participação ativa em todo esse processo das cirurgias ortognáticas”, concluiu o cirurgião.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh/MEC.
Fonte: Ebserh/MEC.
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