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Hospital de Clínicas da UFTM em Uberaba (MG) pesquisa importância da fisioterapia precoce em pacientes que sofreram AVC agudo
Exercícios de controle do tronco associados à sedestação (posicionamento do paciente sentado) realizados de forma precoce podem ter um impacto positivo na mobilidade e na capacidade funcional do paciente que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) agudo. Essa é a principal conclusão de um estudo realizado no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM).
O estudo ‘Controle de tronco, nível de mobilidade e resposta neuromotora após treino de sedestação em indivíduos com Acidente Vascular Cerebral‘ foi contemplado pelo Programa de Iniciação Tecnológica (PIT) da Rede Ebserh em 2023 e posto em prática por Larissa Brasil, estudante de Medicina, sob a orientação da Dra. Luciane Sande de Souza, professora de Fisioterapia da UFTM.
“O estudo trouxe como melhoria a implementação da fisioterapia precoce e na posição sentada, garantindo que os pacientes que sofreram um AVC iniciassem a reabilitação sem demora. Com essa abordagem, é possível acelerar o início da reabilitação, personalizar o tratamento e utilizar técnicas avançadas e menos invasivas para avaliar a função neuromuscular, resultando em uma abordagem mais holística e eficaz na recuperação de pacientes pós-AVC”, explicou Larissa Brasil.
Orientadora do estudo, a professora Luciane de Souza destacou a importância da intervenção precoce: “A ideia do trabalho está relacionada à questão da mobilização precoce, que tem sido muito enfatizada como uma tentativa de conseguir uma alta hospitalar mais rápida do paciente para reduzir o risco de intercorrências, de complicações e já poder caminhar de maneira mais independente no processo de reabilitação”, destacou.
Outro ponto importante no estudo foi a inovação da utilização do Eletrodiagnóstico de Estímulo, uma técnica não invasiva como uma opção a mais para a avaliação da função muscular, juntando-se à eletromiografia tradicional. “Por ele, foi possível mensurar as consequências motoras do AVC. Essa metodologia não apenas proporcionou uma avaliação mais confortável para os pacientes, mas também ofereceu dados objetivos sobre a função neuromuscular, contribuindo para um plano de tratamento mais eficaz e individualizado”, ressaltou Larissa Brasil.
No estudo, foram avaliados cinco pacientes pós-AVC isquêmico agudo, submetidos a exercícios de controle de tronco no leito em sedestação precoce por 30 minutos durante três dias, seguindo o Procedimento Operacional Padrão do HC-UFTM, em que foram avaliados, nas três sessões, o nível de mobilidade, o desempenho de tronco e a resposta neuromuscular.
Os resultados sugeriram melhorias na mobilidade e na função neuromuscular, mas estabilidade na deficiência de tronco. “Como o nosso N (número de pacientes investigado) foi pequeno, precisamos continuar essa pesquisa para consolidar os dados”, concluiu a Dra. Luciane de Souza.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: Moisés de Holanda, Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh.
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