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Hospital da Rede Ebserh é pioneiro em Minas Gerais no transplante de fígado intervivos pediátrico
Um bebê de um ano de idade, seis quilos e diagnóstico de cirrose hepática por deficiência de alfa-1-antitripsina (AATD), doença genética que pode gerar implicações graves no fígado com necessidade de transplante, ganhou uma nova chance de vida graças a um procedimento inédito em Minas Gerais, o transplante hepático intervivos pediátrico, realizado pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais, vinculado à Rede Ebserh (HC-UFMG/Ebserh). A pequena Valentina, que recebeu parte do fígado do pai há cerca de dois meses, ganhou alta hospitalar no último dia 10 de julho e pode voltar para casa.
Neste tipo de transplante de alta complexidade, uma pessoa saudável é a doadora. Se o seu tipo sanguíneo for compatível com o do receptor, ela tem uma parte do fígado retirada, por meio de cirurgia, e colocada no lugar do fígado da criança doente. Não é necessário aguardar em fila de espera pela doação do órgão. Assim como acontece no transplante hepático intervivos adulto, o fígado vai se regenerar tanto no doador quanto no receptor, que neste caso é uma criança. Pai e filha passam bem.
“A Valentina chegou ao HC há cerca de dois meses com apenas seis quilos e um estado de saúde considerado grave. O transplante de fígado era o único tratamento possível. Tínhamos três possibilidades: encontrar um doador falecido do tamanho dela, o que é muito raro, reduzir o fígado de um doador adulto falecido, em boas condições clínicas, ou realizar o transplante intervivos. Com a pandemia, o número de doações de órgãos caiu muito e a Valentina não podia esperar”. Diante deste cenário, o transplante intervivos seria o mais indicado, disse o Dr. Leandro Amado, coordenador do Grupo de Transplante Hepático do HC-UFMG/Ebserh,
Uma pequena parte do fígado do pai de Valentina, o empreiteiro Alexandre Pereira, de 39 anos, foi retirada e, quase que simultaneamente, implantado no bebê. Pai e filha ficaram juntos o tempo todo no bloco cirúrgico. “Foram aproximadamente oito horas de cirurgia. O curto espaço de tempo em que o órgão fica fora da circulação (cerca de 50 minutos) é o maior diferencial do transplante hepático intervivos, pois o funcionamento do fígado é imediato, sendo o resultado muito melhor”, destacou o cirurgião.
A equipe responsável pelo transplante contou com cerca de 15 profissionais, entre médicos e enfermeiros. Por causa da pandemia do novo coronavírus, os protocolos de segurança foram redobrados, visando a saúde de pacientes e equipe. Alexandre foi testado negativo para a Covid-19 dois dias antes do transplante.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: HC-UFMG/Ebserh.
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