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HC da UFTM aplica técnica cirúrgica que mantém o paciente acordado durante retirada de tumores cerebrais
A técnica awake surgery, que permite que o paciente continue acordado e conversando durante uma neurocirurgia, foi dotada pela equipe do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). O objetivo é preservar a função da área do cérebro em que o tumor está localizado.
No HC-UFTM, essa metodologia é usada desde 2018 para a realização de cirurgias de tumores localizados nas áreas de compreensão e expressão da fala. Além da equipe necessária em toda cirurgia, o procedimento exige a presença de um neurofisiologista, para monitorar as funções cerebrais, e de um neuropsicólogo, responsável por interagir com o paciente durante a operação. O anestesista também precisa ser muito bem treinado para acompanhar e fazer as intervenções necessárias nesse tipo de procedimento.
Para garantir que a fala não esteja sendo afetada, o paciente conversa, lê alguns textos e realiza contagens de números durante o procedimento. Tudo isso com a cabeça fixa na mesa cirúrgica e evitando se mexer. Como o cérebro é uma área que não provoca dor, a cirurgia é realizada apenas com anestesia local na pele. Antes do procedimento, é preciso que o paciente esteja ciente de tudo que vai acontecer para evitar que ele fique agitado e prejudique a cirurgia.
O hospital da Rede Ebserh já realizou cerca de 20 cirurgias utilizando a awake surgery e todas foram acompanhadas por residentes. Um deles é o Thiago Paresoto, que está no quinto e último ano de formação e acompanhou cerca de sete procedimentos com pacientes acordados. “Conhecer essa técnica é um diferencial na área de neurocirurgia e traz uma segurança muito grande para aplicá-la depois de formado, o que eu não conseguiria apenas com o conhecimento teórico”, contou Thiago.
“Poucos centros do país fazem esse tipo de cirurgia e nossos residentes estão tendo uma oportunidade única de aprendizado, com um treinamento de ponta”, acrescentou o Dr. Roberto Alexandre Dezena, neurocirurgião que também é supervisor da residência dessa especialidade no HC-UFTM e presidente da Academia Brasileira de Neurocirurgia.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: HC-UFTM/Ebserh.
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