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Gestão de recursos humanos deve ser estratégica para programa de saúde da família
A alta rotatividade de médicos, ou seja, a alta frequência com que esses profissionais entram e saem do programa Estratégia de Saúde da Família pode comprometer o acompanhamento dos pacientes em tratamento. Com base nessa percepção, a administradora Cíntia Soares decidiu tratar do tema em sua pesquisa de mestrado, desenvolvida no Centro de Pós-graduação e Pesquisas em Administração (Cepead) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela mostra como a gestão de recursos humanos pode ser uma ferramenta útil para melhorar o atendimento aos usuários do programa.
O foco do estudo foram as unidades de Estratégia de Saúde da Família da Região Oeste de Minas Gerais, que contam com 357 médicos, distribuídos em 54 municípios. De acordo com dados da pesquisa, 48% dos profissionais dessa regional têm menos de um ano na equipe em que atuam.
O método de investigação usado por Cíntia Soares foi a realização de entrevistas com 14 médicos de diferentes municípios, para abranger diferentes realidades da Região Oeste. As entrevistas levaram em conta cinco elementos: fatores individuais, gestão, organização do trabalho, condições de trabalho e projetos dos médicos para o futuro.
A pesquisadora também aplicou um questionário para 44 médicos, com o objetivo de ampliar a investigação. Nesse questionário, os profissionais revelaram a remuneração que consideravam adequada para o serviço que exerciam, o grau de satisfação com o seu trabalho e quais fatores os motivariam a mudar de emprego.
Os resultados obtidos pela pesquisa evidenciam a importância de uma gestão de recursos humanos estratégica para garantir serviços de qualidade no sistema público de saúde. Afinal, a valorização dos profissionais da área faz toda a diferença no atendimento às necessidades da população.
Acesse a dissertação Atração e retenção de profissionais de saúde na Estratégia de Saúde da Família: um estudo na Região Oeste de Minas Gerais.
A pesquisa foi orientada pelo professor Dr. Allan Claudius Queiroz Barbosa, e teve financiamento do CNPq.
Acesse a notícia completa na página da UFMG.
Fonte: UFMG.
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