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Fisioterapia e acolhimento ajudam a enfrentar efeitos da Esclerose Múltipla
Para assegurar vida saudável e promover o bem-estar aos pacientes diagnosticados com Esclerose Múltipla, professores e estudantes do Instituto Integrado de Saúde (INISA) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) desenvolvem o projeto de extensão ‘Somos Múltiplos’, na Cidade Universitária.
Os atendimentos são realizados três vezes por semana no Laboratório Multiuso do INISA e na piscina terapêutica da Clínica Escola Integrada. Os pacientes são encaminhados pelo Ambulatório Geral do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap-UFMS/Ebserh) e precisam ser maiores de 18 anos, ter certa independência de locomoção e não ter passado por crises da doença nos últimos três meses.
A Esclerose Múltipla é uma doença que afeta o sistema nervoso central, provocando, na maior parte dos casos, distúrbios motores, visuais, cognitivos e emocionais, entre outras manifestações. A doença é caracterizada por surtos e remissões com sintomas que dependem da área cerebral afetada, mas que impactam diretamente a qualidade de vida. O projeto de extensão com terapias aplicadas de forma gratuita é uma alternativa para os pacientes.
“Nós conseguimos partilhar experiências mútuas sobre as formas de enfrentamento da doença e propor um acompanhamento multidisciplinar, afim de amenizar os sintomas e catalisar a recuperação funcional desta população”, explicou o Dr. Evandro Gonzalez Tarnhovi, professor da UFMS e coordenador do projeto.
Geralmente, os pacientes apresentam fraqueza, desequilíbrio, dificuldade para respirar e sensação de fadiga constante. Por isso, a fisioterapia é reconhecida como recurso indispensável que proporciona força muscular, equilíbrio, melhora das funções cognitivas e amplia o contato social.
Os pacientes são submetidos a diversos recursos terapêuticos para garantir o tratamento mais abrangente possível. Entre as propostas, estão as atividades de dupla-tarefa, quando o paciente executa um exercício físico e, ao mesmo tempo, responde a questões matemáticas ou outras perguntas simples. “A dupla-tarefa proporciona uma atividade cerebral em diversas áreas do córtex cerebral, estimulando ao máximo o paciente. Além disso, executamos exercícios que envolvem o controle motor e equilíbrio, pois estes sistemas são normalmente afetados. Também exploramos as atividades lúdicas, para deixar nossos encontros mais descontraídos e desta forma criar uma atmosfera mais alegre”, afirmou o coordenador.
O clima de empatia e o atendimento humanizado são elogiados pelos pacientes do projeto Somos Múltiplos.
O tratamento é via de mão dupla e os bolsistas e estagiários que participam também acabam beneficiados pelo projeto. Para Talitha de Araújo Rodrigues, estudante do sexto semestre de fisioterapia, o resultado é gratificante: “Aplicamos aqui tudo que aprendemos e os pacientes ajudam a renovar nossas energias”, comentou. Já Jhullie Genova Costa, estudante do sétimo semestre, imprimiu significado ainda mais prático ao projeto: “pretendo realizar meu trabalho de conclusão de curso sobre a Esclerose Múltipla”.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Fonte: Adriano Furtado, UFMS.
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