Destaque
Ferramenta criada na UFRGS é destaque em pesquisas sobre a primeira infância
O apoio da Universidade de Nebraska-Lincoln, nos Estados Unidos, a projetos sobre a primeira infância no Brasil tem se desenvolvido por meio de ações Nebraska-Brasil #EarlyChildhood. Desde 2016, três projetos-piloto com o objetivo de garantir que crianças tenham oportunidade de alcançar seu potencial foram incentivados, e um deles é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Desenvolvido pelo Grupo de Estudo, Aplicação e Pesquisa em Avaliação Psicológica (GEAPAP) e coordenado pela professora Dra. Denise Bandeira, o Inventário Dimensional para Avaliação do Desenvolvimento Infantil (IDADI) é a primeira ferramenta da modalidade a ser desenvolvida e padronizada especificamente para uso em crianças residentes no Brasil, levando em consideração a cultura e as experiências da população-alvo.
O IDADI será publicado pela Vetor Editora ainda no segundo semestre deste ano, para ser utilizado em contextos clínicos. Recentemente, a Universidade de Nebraska lançou uma página reunindo detalhes dos projetos da parceria, incluindo esse desenvolvido na UFRGS. A Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, de São Paulo, também é parceira nas ações.
O IDADI possibilita avaliação do desenvolvimento de crianças de até seis anos. O trabalho foi desenvolvido na UFRGS, e a universidade estadunidense ingressou com apoio técnico no projeto para a análise de dados, por meio do Nebraska Center for Research on Children, Youth, Families and Schools (CYFS). A ferramenta se configura, desse modo, num instrumento multidimensional que fornece uma estimativa do desenvolvimento infantil nos domínios: Cognitivo, Motricidade (Ampla e Fina), Comunicação e Linguagem (Receptiva e Expressiva), Socioemocional e Comportamento Adaptativo. Segundo a Dra. Denise Bandeira, o instrumento “possibilita uma avaliação do desenvolvimento, e não apenas um rastreio, pois inclui várias habilidades relevantes da primeira infância, em múltiplos aspectos da vida da criança, que podem também ser monitoradas ao longo do tempo”.
Processo de construção, estudo de evidências de validade e normatização do IDADI duraram seis anos e, na pós-graduação, renderam frutos: uma dissertação de mestrado, duas teses de doutorado e um pós-doutorado. Além disso, o instrumento já tem sido utilizado em outras pesquisas do GEAPAP e de outros pesquisadores parceiros em instituições de diferentes estados do Brasil. O trabalho envolveu dados de 2.190 crianças e de seus responsáveis diretos de todas as regiões brasileiras.
Segundo os idealizadores, o IDADI inclui alguns itens que não constam em instrumentos de desenvolvimento infantil existentes e considera as especificidades e hábitos das crianças brasileiras, além de diferenças regionais de linguagem que podem afetar a validade de conteúdo de um instrumento.
Acesse mais detalhes no artigo científico que ainda está em construção.
Acesse a notícia completa na página da UFRGS.
Fonte: UFRGS.
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