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Faculdade de Medicina da UFMG: 30 anos de triagem neonatal no SUS

O Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico (NUPAD) da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) completou 30 anos de atividades no mês de setembro. Com ele, o Programa de Triagem Neonatal de Minas Gerais (PTN-MG) também chega à sua terceira década, sendo um componente do Programa Nacional de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde (PNTN-MS) e sob gestão da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

Antes do PTN-MG, o exame conhecido como teste do pezinho só estava disponível em caráter privado. “Não havia triagem gratuita e mesmo as coletas de serviços particulares eram enviadas para laboratórios de São Paulo. Apenas realizavam o teste as pessoas que tinham condição financeira de pagar”, lembrou o professor Dr. José Nélio Januário, diretor do NUPAD.

O teste do pezinho e o acompanhamento ambulatorial das crianças impactaram nos indicadores de saúde do estado. “A criação do PTN-MG refletiu na queda de casos de deficiência intelectual por fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. Por exemplo, hoje não vemos mais casos de cretinismo, que é uma forma gravíssima de hipotireoidismo. As ações também interferiram na mortalidade infantil, especialmente pelo acompanhamento da doença falciforme”, explicou o professor José Nélio.

O sistema público de saúde, fruto da Constituição de 1988, ainda estava sendo implementado em 1993. “O SUS era uma criança na época. A triagem neonatal não era uma política ministerial. Havia apenas algumas iniciativas estaduais”, destacou o professor. Em Minas Gerais, o governo do Estado, por meio da SES-MG, firmou parceria com a UFMG para a criação do Programa. O primeiro painel de doenças triadas era composto por fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito. Em cinco anos, o PTN-MG já chegava a 90% dos recém-nascidos mineiros.

Conduzido inicialmente como um programa de extensão, em 1995 o NUPAD da UFMG se tornou um órgão complementar da Faculdade de Medicina, status que ocupa até hoje. Ao longo do tempo, algumas doenças entraram no painel. É o caso da doença falciforme (1998), fibrose cística (2003), hiperplasia adrenal congênita (2013), deficiência de biotinidase (2013), cinco defeitos da betaoxidação dos ácidos graxos (2022) e toxoplasmose (2022).

Acesse a notícia completa na página da Faculdade de Medicina da UFMG.

Fonte: Faculdade de Medicina da UFMG.

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