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Exame simples de ultrassom pode diagnosticar doença de alto risco em gestantes
No último dia 5 de maio, a Dra. Angélica Lemos Debs Diniz, pesquisadora da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), médica ginecologista obstetra e especializada em gravidez de alto risco e ultrassonografia, tomou posse, em Belo Horizonte, no cargo de vice-presidente na Associação de Ginecologistas e Obstetrícia de Minas Gerais (Sogimig).
A entidade é filiada à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e tem a missão de auxiliar e amparar os profissionais de ginecologia e obstetrícia no exercício de suas funções para com atenção à saúde da mulher. Dentre as atividades que serão desenvolvidas pela professora Angélica Diniz e os demais integrantes que irão compor a gestão 2023/2025 está a atuação na qualificação do atendimento às mulheres, defesa ética e profissional dos colegas e demais demandas que surgem no exercício da profissão.
Considerando a importância da saúde e bem-estar da mulher, a nova diretoria se propõe a manter ginecologistas e obstetras atualizados sobre os avanços da medicina. A partir disso, novas ações relacionados à discussão de normas éticas, projetos educacionais, cursos e livros serão trabalhados para melhorar as atividades desenvolvidas pelos médicos associados.
Na UFU, além de coordenar o Serviço de Gravidez de Alto Risco do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia e realizar atendimentos às gestantes no Hospital de Clínicas, a Dra. Angélica Diniz faz parte de um grupo de pesquisadores que estudam o emprego da ultrassonografia e Doppler no diagnóstico e tratamento da gestação de alto risco. O grupo de pesquisa liderado pela professora é referência nacional e mundial no estudo do emprego do Doppler da artéria oftálmica para diagnóstico e manejo das doenças hipertensivas na gestação.
O método Doppler avalia o fluxo sanguíneo da artéria oftálmica por meio do ultrassom em mulheres grávidas e movimenta parceria com pesquisadores de outros países e outras instituições brasileiras. O objetivo é coletar dados e estudar a aplicabilidade do método ultrassonográfico no diagnóstico das doenças relacionadas às gestantes.
O Doppler das artérias oftálmicas é utilizado no manejo de doenças hipertensivas que ocorrem no período gestacional e puerperal. Com o diagnóstico, é possível analisar a possibilidade de complicações das doenças como a pré-eclâmpsia, que é hipertensão arterial acompanhada de um excesso de proteína na urina e que surge após a 20ª semana de gravidez. A pré-eclâmpsia pode evoluir para a eclâmpsia, uma forma mais grave da doença, que põe em risco a vida da mãe e do feto.
O exame de Doppler da artéria oftálmica pode ser feito junto com as consultas de pré-natal. Neste exame, o transdutor é colocado na pálpebra da mulher. Caso o diagnóstico seja positivo para pré-eclâmpsia, o médico que está acompanhando a gestante providencia o acesso a medicações e um atendimento adequado. Cabe ressaltar que a metodologia do Doppler da artéria oftálmica é um exame de baixo custo por utilizar a mesma máquina que faz o ultrassom gestacional.
Sobre o funcionamento do exame, a médica ginecologista obstetra explicou: “O aparelho é colocado na pálpebra superior da mulher, sendo possível observar a artéria lá no fundo do olho. A partir disso, você registra a onda de fluxo da artéria. E através de métricas que a gente faz, é possível definir se tem vasodilatação no cérebro; se tem algum vaso obstruído; se essa mulher, por exemplo, vai ter risco de ter complicações graves como convulsões e perda da visão”.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Uberlândia.
Fonte: Leíse Alves, Portal Comunica UFU.
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