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Estudo inédito no Brasil é realizado no HUGG-Unirio/Ebserh para saber índice de prevalência de Ceratocone na população
A córnea é região transparente do olho e normalmente tem um formato semelhante a uma esfera. O Ceratocone é uma doença que altera o formato da córnea, que passa a ter um formato de cone. Essa doença oftalmológica, quando diagnosticada e tratada de forma precoce, reduz os danos à qualidade de vida do paciente. Porém, sua forma grave pode levar à cegueira. Pensando nisso, no mês de agosto, Lorena Barros, oftalmologista e aluna do Mestrado Profissional do Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG-Unirio/Ebserh), iniciou uma pesquisa inédita no Brasil para encontrar o grau de prevalência da doença na população, utilizando como base os colaboradores e alunos da instituição vinculada à Rede Ebserh.
“Em junho de 2018, foi criada a campanha educativa Violet June, com o objetivo de conscientizar a população leiga sobre o Ceratocone, os avanços no seu diagnóstico e a importância do acompanhamento e tratamento. No Brasil, não há estudos para avaliar a prevalência da enfermidade. Portanto, surgiu a ideia de realizar esse estudo no nosso hospital, que tem um público interno grande e diverso, com uma faixa etária variável. Tentaremos, de alguma maneira, refletir, aqui, a predominância do Ceratocone na cidade do Rio de Janeiro. Ao saber em média quantas pessoas são acometidas com a moléstia, poderemos estimular campanhas de prevenção e diagnóstico, diminuindo assim, os impactos que a doença pode ter na vida do paciente”, explicou a oftalmologista.
O Ceratocone não é contagioso e apresenta-se, principalmente, entre jovens. Tem a influência de fatores hereditários e ambientais. Ou seja, pode existir uma pré-disposição genética para a doença, mas o simples ato de coçar o olho é capaz de levar ao desenvolvimento ou agravamento da enfermidade, mesmo em pacientes sem casos na família.
A coceira nos olhos, por sua vez, pode ser causada por diversos motivos: clima, alergias, infecções ou até mesmo cansaço. A frequência com que se esfrega os olhos consegue gerar um trauma contínuo que, gradativamente, altera o formato da córnea. Nesse sentido, é fundamental que os pacientes alérgicos sejam tratados e orientados a não coçar os olhos.
Ao longo do desenvolvimento da doença, a região central do olho vai afinando e enfraquecendo, fazendo com que a visão fique distorcida, gerando baixa acuidade visual. Isso acontece devido ao formato irregular prejudicar a ocorrência ideal da luz, podendo acarretar, também, alto grau de astigmatismo, dor de cabeça e fotofobia. A patologia, usualmente, atinge os dois olhos de forma assimétrica (um olho mais acometido que o outro). Porém, nos estágios iniciais da doença, ela é, comumente, assintomática, mas pode ser detectada nos exames que avaliam a estabilidade e o formato da córnea.
“Observamos um aumento importante do número de pesquisas nessa área, principalmente por ter relação com a cirurgia refrativa (para a correção do grau). Isso porque alterações no formato da córnea podem ser um fator que contraindique a cirurgia. Além disso, existem muitos casos em que a cirurgia refrativa, quando mal indicada, pode evoluir com o surgimento de Ceratocone”, continuou a médica.
Em virtude disso, os métodos diagnósticos estão cada vez mais refinados e, nesse cenário, o ambiente do HUGG-Unirio/Ebserh se mostra ideal. Isso porque a instituição conta com aparelhos de última geração, essenciais para a identificação do Ceratocone: o Pentacam, que é um exame de tomografia da córnea, e o Corvis, que registra a reação da córnea a um pulso de ar definido usando uma câmera de alta velocidade, que captura mais de 4300 imagens por segundo.
Para saber mais informações sobre Ceratocone, confira o hotsite.
Acesse a notícia completa na página da Ebserh.
Fonte: Ebserh e HUGG-Unirio/Ebserh.
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