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Estudo da UFSC indica que acupuntura pode atenuar males da fibromialgia
A fibromialgia atinge por volta de 3% da população brasileira, a maioria das pessoas do sexo feminino, entre 30 e 50 anos de idade, e é objeto de uma investigação realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que pode resultar em novas possibilidades de tratamento.
A execução do estudo foi do pesquisador Dr. Marcos Lisboa Neves, na época sob a supervisão da professora Dra. Morgana Duarte da Silva, coordenadora do Laboratório de Neurobiologia da Dor e da Inflamação (Landi) da UFSC, que investiga estratégias terapêuticas para as diversas doenças que envolvem dor e inflamação.
O Dr. Marcos Neves, que é fisioterapeuta, investiga os efeitos da estimulação do ramo auricular. De acordo com essa linha de estudos, a acupuntura é uma boa ferramenta terapêutica para o tratamento de pacientes com dor. No caso do nervo vago, estimulado para combater os males da fibromialgia, já existem evidências crescentes também no tratamento de outras condições como epilepsia, depressão e dor.
Em junho, o pesquisador defendeu sua tese de doutorado com um estudo translacional – que busca minimizar a distância entre a produção do conhecimento nas instituições científicas e a aplicação prática, orientado também pela professora Morgana, no Programa de Pós-Graduação em Neurociências da UFSC. Ele pesquisou a acupuntura e a fibromialgia a partir de uma análise em roedores.
“As avaliações comportamentais se relacionavam prioritariamente à dor e secundariamente à depressão, ansiedade, sono, catastrofização, funcionalidade, qualidade de vida e variabilidade da frequência cardíaca. Os resultados, embora ainda não tão expressivos, já mostram um potencial do tratamento e sinalizam a viabilidade de realizar estudos maiores e assim com maior poder estatísticos, principalmente porque o estudo piloto demonstrou uma significativa redução na gravidade dos sintomas das pacientes”, comentou o pesquisador.
O Dr. Marcos Neves explicou que a fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dores articulares e musculares generalizadas, acompanhada de fadiga, alterações cognitivas, do humor e do sono. Como a causa ainda não é definida, algumas evidências recaem sobre alterações do sistema nervoso central, o que leva ao quadro disfuncional de percepção exacerbada de dor e dos demais sintomas, que influenciam também na saúde mental das pacientes.
O pesquisador explicou que o nervo vago é uma importante via de comunicação do corpo com sistema nervoso central, por isso os tratamentos com a estimulação indicam resultados promissores. No Brasil, a acupuntura é oferecida gratuitamente pelo SUS, como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. “São mais de 15 mil profissionais com capacitação para atuarem com essa prática, um recurso que facilita o acesso das pacientes em tratamento”, complementou.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Santa Catarina.
Fonte: Amanda Miranda, Agecom/UFSC.
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