Destaque

Estudo aponta prática de exercícios físicos como prevenção e tratamento para transtorno depressivo

Fonte

UFV | Universidade Federal de Viçosa

Data

quinta-feira. 21 setembro 2023 18:20

Que a prática regular de exercícios físicos faz bem à saúde, todo mundo já sabe. Mas especificamente para a saúde mental: quem costuma se exercitar tem mesmo menos tendência à depressão? Quais são os melhores exercícios para quem já tem transtorno depressivo? Uma pesquisa publicada na revista Scientific Reports, que tem Dr. Osvaldo Moreira, professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV) como um dos autores, revisou publicações científicas sobre o tema em busca das certezas que já são possíveis até agora. Os resultados são animadores, mas apontam que é preciso se mexer ainda mais para manter a mente sadia.

O trabalho foi conduzido por integrantes do Laboratório de Análise de Morfofisiologia Humana (Human Lab), vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Educação Física da UFV campus Florestal, e da Universidade de Los Llanos, na Colômbia. A conclusão é que a realização de exercícios físicos supervisionados, principalmente os aeróbicos, apresenta efeito semelhante ao uso de medicamentos de segunda geração ou terapia cognitivo-comportamental, no que diz respeito ao manejo dos sintomas causados pelo Transtorno Depressivo Maior (TDM). Além disso, não foram observados danos ou eventos adversos entre as intervenções com exercício físico supervisionado.

A pesquisa

Para este trabalho, os pesquisadores revisaram, por meio de metanálise, a literatura mundial sobre o tema e avaliaram ensaios clínicos de 678 adultos. Eles também analisaram o efeito e a segurança das diferentes modalidades de exercício físico sobre os sintomas depressivos em adultos que não estavam sob tratamento convencional (uso de medicamentos de segunda geração ou terapia cognitivo-comportamental). “Esta revisão é considerada a mais completa e rigorosa, não apenas porque avaliou a qualidade metodológica de ensaios controlados randomizados, mas também porque, a partir de diferentes listas de verificação, garantiu a transparência e a reprodutibilidade dos achados”, explicou o professor.

A pesquisa concluiu que, em todos os casos, os efeitos das atividades físicas sobre o transtorno depressivo são mais perceptíveis em pacientes acima dos 40 anos, obesos ou com sobrepeso. Mas é preciso ficar atento. A eficiência da proteção ou tratamento com atividades físicas deve levar em conta atividades de maior intensidade aeróbica, desde que realizadas por, no mínimo, 150 minutos por semana, distribuídos em diversos dias. Por exemplo, 30 minutos cinco vezes por semana ou quatro vezes de 40 minutos.

E só caminhar adianta? Segundo os autores, sim, mas não basta dar um passeio com amigos. É preciso caminhar vigorosamente para acelerar os batimentos cardíacos. E, em todos os casos, a supervisão de profissionais de educação física é essencial para a segurança dos exercícios.

Os resultados não só confirmam a sensação de quem já pratica atividades físicas com frequência, mas também colaboram para a prescrição baseada em evidências. A prática regular de exercícios físicos supervisionados por bons profissionais da área funciona como uma espécie de proteção contra sintomas depressivos e, ao contrário dos medicamentos, não oferece contraindicações. Portanto, malhar funciona como prevenção. Para quem já tem os sintomas leves de depressão, a prática de exercícios oferece efeitos semelhantes aos tratamentos medicamentosos e psicoterapia, mas, neste caso, deve ser prescrita como atividades que se complementam para a boa saúde mental.

Acesse o artigo científico completo (em inglês).

Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Viçosa.

Fonte: UFV.

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