Destaque

Especialistas falam sobre tratamento e complicações da fissura labiopalatina

Fonte

Ebserh | Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares

Data

terça-feira. 25 junho 2024 17:30

A fissura labiopalatina é uma malformação congênita que provoca alteração na fusão dos processos faciais durante a gestação. Essa condição afeta aproximadamente uma criança a cada 650 nascimentos, provocando abertura do lábio ou do palato (céu da boca). No dia 24 de junho foi celebrado o Dia Nacional de Conscientização sobre a Fissura Labiopalatina, com o objetivo de conscientizar e informar a sociedade sobre esse problema, e ressaltar a importância de tratar a malformação com um especialista, de forma multidisciplinar. Unidades da rede de hospitais administrados pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) oferecem tratamento para pacientes com essa condição genética.

A fissura traz complicações para a alimentação e a respiração, provoca alterações na arcada dentária, afeta o crescimento facial, além de acarretar prejuízo no desenvolvimento da fala, da audição e na aparência física. Pedro Henrique Lopes, cirurgião-dentista/bucomaxilofacial do Hospital Universitário da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-UNIVASF), explicou que as fissuras podem ser incompletas (parte do lábio) ou as que acometem o lábio e o céu de boca de forma completa, podendo ser uni ou bilaterais.

Sua causa está relacionada a fatores genéticos e ambientais como o uso de bebida alcoólica, cigarros e alguns medicamentos como corticoides e anticonvulsivantes, principalmente no primeiro trimestre da gestação. “A ação destes fatores ambientais depende de uma predisposição genética do embrião”, explicou a Dra. Ana Cristina Coelho, fonoaudióloga responsável pelo Ambulatório de Fissura Labiopalatina do Hospital Universitário da Universidade de Brasília (HUB-UnB).

Tratamento

O tratamento da fissura pode ser cirúrgico e clínico, envolvendo profissionais de várias especialidades: fonoaudiólogos, fisioterapeutas, pediatras, otorrinolaringologistas, cirurgiões plásticos, cirurgiões dentistas de várias especialidades, além de pedagogos, terapeutas ocupacionais e assistentes sociais. A depender da complexidade do caso, podem ser necessárias várias etapas cirúrgicas ao longo de sua vida. No tratamento clínico, é necessário o acompanhamento ostensivo do paciente ao longo de seu crescimento, até a idade adulta.

No HU-UNIVASF são realizadas cirurgias para a correção da fissura. O hospital vem participando de mutirões para a realização desses procedimentos, disponibilizando o centro cirúrgico e toda parte assistencial envolvida no serviço, em parceria com o Instituto Bucomaxilofacial, entidade filantrópica localizada em Petrolina-PE que oferece apoio a pacientes e familiares. O último mutirão foi realizado em abril deste ano e o próximo acontecerá nos dias 31 de agosto e 1 de setembro.

Já o HUB-UnB, disponibiliza atendimento de fonoaudiologia para reabilitação de alterações de fala decorrentes das fissuras nos pacientes que passaram por cirurgia, segundo informou a Dra. Ana Cristina Coelho. São tratados os problemas mais comuns nesses pacientes: a hipernasalidade (conhecida como fala fanhosa) e as articulações compensatórias em substituição a alguns sons normais que prejudicam a inteligibilidade da fala, além de interferir na qualidade de vida relacionada à comunicação em casa, no trabalho e em ambientes sociais.

No Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Universidade Federal de Alagoas (HUPAA-UFAL), de acordo com a geneticista Dra. Isabella Lopes Monlleó, é feita avaliação diagnóstica com a equipe da genética para distinguir pessoas com fissuras orais isoladas de pessoas com síndromes complexas que causam fendas orais (estas são classificadas como doenças raras). “A partir deste diagnóstico é construído o projeto terapêutico específico para o paciente. É um projeto multidisciplinar, contínuo (do nascimento aos 18 anos) e longitudinal, desde a atenção primária (perto do domicílio) até a alta complexidade, etapa realizada no HUPAA-UFAL”, disse a geneticista.

Além do atendimento em genética para diagnóstico, orientação de enfermagem e aconselhamento genético, o HUPAA-UFAL oferece cirurgia pediátrica para reparo primário das fissuras de lábio e ou palato, acompanhamento em diversas especialidades médicas, orientação nutricional e acompanhamento psicológico conforme diagnóstico e necessidades de saúde do paciente e sua família. No HUPAA-UFAL, além de uma pesquisa sobre consolidação de uma estratégia para referência e contrarreferência de pacientes com fendas orais no SUS em Alagoas (premiada no Ministério da Saúde), outras quatro, sobre o mesmo tema, realizadas até 2022, orientam o atendimento a pessoas com fendas orais no hospital.

Acesse a notícia completa na página da Ebserh.

Fonte: Rosenato Barreto e Danielle Morais, Coordenadoria de Comunicação Social da Ebserh.

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