Destaque
Enfisema pulmonar é a terceira causa de mortes no mundo
A Organização Mundial de Saúde estima que mais de 210 milhões de pessoas no mundo têm Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). O fumo é o principal responsável pela moléstia, destacou a Dra. Andrea Antunes Cetlin, pneumologista e professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP). “DPOC é a sigla que utilizamos para definir a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, que é popularmente conhecida por enfisema ou bronquite do cigarro. É importante saber que é uma doença frequente e evitável, visto que a maioria dos casos está relacionada ao hábito de fumar.”
Dados da OMS mostram que, em 2019, a DPOC foi a terceira causa de mortes no mundo, correspondendo a mais de 3 milhões de casos. Segundo a professora, “de uma maneira geral, a fumaça provoca inflamação nos brônquios e no pulmão. Isso vai levar a danos que são irreversíveis e por isso nós consideramos a DPOC uma doença tratável, mas não curável, e os medicamentos que estão disponíveis agem, apenas, para alívio dos sintomas”.
Essa inflamação crônica gera machucados e lesões que são permanentes e que só vão ser sentidos em longo prazo e isso dá a falsa sensação para o indivíduo de que está tudo bem. Em geral, o sintoma mais precoce é a tosse, que pode ser seca ou com catarro, mas também pode incluir aquela sensação de que tem algo na garganta, o pigarro matinal e falta de ar. Os sintomas pioram à medida que a doença progride e o portador da doença pode começar a ter limitações para realizar tarefas simples do seu dia a dia, como se vestir, se alimentar e tomar banho.
Causas genéticas
Diversos fatores podem causar a doença, que também é motivada por fatores genéticos, lembrou a professora Andrea. “Hoje em dia nós reconhecemos outros fatores de risco para enfisema, como exposições prolongadas à queima de biomassa; aqui na cidade de Ribeirão Preto os exemplos comuns são o uso de carvão e da madeira, mas também a queima de resíduos de colheita, a poluição ambiental e o tabagismo passivo. Em geral, é uma doença que vai manifestar seus sintomas após os 50 anos, mas é importante mencionar que existe uma condição genética rara conhecida como deficiência de alfa 1-antitripsina, que pode causar DPOC em indivíduos abaixo de 40 anos.”
O diagnóstico da doença é feito pela avaliação médica e confirmado por um exame que se chama espirometria, ou mais conhecido pelos pacientes como exame do sopro. O exame avalia a função do pulmão e, além de definir o diagnóstico, consegue avaliar a gravidade da doença.
Acesse a notícia completa na página do Jornal da USP.
Fonte: Simone Lemos, Jornal da USP.
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