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E-book ‘Maternidades Plurais’ tem relato de professora da UFAL
A pretensão de dar conta de um debate sobre a desigualdade histórica nas carreiras profissionais entre homens e mulheres, também presente na universidade, desde a graduação, com a acumulação dupla e até de tripla jornada, realidade que se tornou mais aguda na pandemia, em 2020 foi organizado no livro Maternidades Plurais – Os diferentes relatos, aventuras e oceanos das mães cientistas na pandemia.
O e-book é composto por 130 relatos de mulheres, mães e cientistas das mais diversas áreas do conhecimento e traz também a experiência vivida pela pesquisadora Dra. Suzana Marcolino, professora do Centro de Educação da unidade acadêmica do Campus A. C. Simões da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Psicóloga, mestre, doutora e pós-doutora em Educação lecionando disciplinas da Educação Infantil, o relato da professora Suzana, que tem um filho atualmente com 9 anos de idade, discorre um pouco sobre a solidão das mulheres na tarefa de cuidar, principalmente das crianças, e como em momentos de crise, as mulheres assumem o cuidado não apenas das crianças, mas também dos idosos e das pessoas doentes.
Conforme o relato, muitas vezes, fazem isso de forma exclusiva sem apoio de políticas públicas, sem rede social de apoio e dos companheiros.
“Analiso essa situação como histórica e vinculada ao desprestígio do cuidado como uma atividade que se realiza na vida privada e ligada ao afeto exercida por mulheres; por isso, intitulei meu relato de Mulheres e Crianças: sozinhas em casa outra vez?”, disse. Mas acrescentou que, entretanto, também refletiu, que em toda essa história, há também potencialidades. O encontro de mulheres e crianças, quando aquelas ficam incumbidas do cuidado dessas ao mesmo tempo que criam uma situação de invisibilidade, produz potenciais no sentido de se fazer ouvir vozes silenciadas. A professora acha que o seu relato e os de outras mulheres do livro são um meio de reverberar essas vozes.
A professora Suzana complementou: “De forma mais específica, referente ao momento em que estávamos vivendo em 2020, algumas pesquisas mostravam que no primeiro trimestre da pandemia, havia crescido a submissão de artigos para as revistas científicas, mas que o percentual de autores homens era bem maior do que mulheres autoras. O desafio foi tentar pautar o tema, dando voz às mulheres. Suzana enfatizou que a obra permitiu muitos diálogos por meio de lives, articulando ações e discussões sobre as mulheres na universidade. O livro também é um registro histórico importante da vida de uma parcela das mulheres em período de crise”, enfatizou Suzana, ao destacar a importância da coletânea no contexto de um momento pandêmico, assim como, para o universo feminino rotineiramente permeado por muitos desafios.
Acesse o e-book Maternidades Plurais – Os diferentes relatos, aventuras e oceanos das mães cientistas na pandemia.
Acesse a notícia completa na página da Universidade Federal de Alagoas.
Fonte: Diana Monteiro, UFAL.
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