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Diagnóstico precoce favorece a cura do câncer colorretal

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer colorretal é o terceiro mais incidente no Brasil. Por ano são diagnosticados 40 mil novos casos e, se mantida essa tendência, a estimativa é que até 2030 o número de casos aumente três vezes em homens e quase a mesma proporção em mulheres. Isso representará para o Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o INCA, um gasto de até R$ 1 bilhão com procedimentos hospitalares e ambulatoriais para atender pacientes com câncer colorretal.

Segundo o Dr. Carlos Augusto Real Martinez, coloproctologista da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e responsável pelo ambulatório multidisciplinar do câncer de reto, a totalidade dos cânceres colorretais tem origem a partir de mutações genéticas que ocorrem nas células que revestem a superfície interna do intestino grosso.

“De 15 a 17% dos casos ocorrem por mutações herdadas, transmitidas de país para filhos, porém 85% dos casos são mutações que surgem ao longo da vida por exposição da mucosa cólica a agentes químicos, físicos ou biológicos que provocam mutações nas células do revestimento interno do intestino”, explicou o também professor do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp.

Os sintomas do câncer de intestino são variados e dependem da fase da doença. Nos casos iniciais, o doente pode ser assintomático. Com a evolução do tumor, o doente pode apresentar sangramento nas fezes, mudança do hábito intestinal, vontade de evacuar constante, eliminação de muco nas fezes, cólicas abdominais, anemia e perda de peso inexplicável.

Vários exames ajudam no diagnóstico. Desde a anamnese, com pesquisa de antecedentes familiares e o toque retal, até exames mais completos, como a colonoscopia.

O tratamento do câncer colorretal depende de inúmeras variáveis. Os tumores bem precoces podem ser curados pela remoção endoscópica, enquanto que os mais avançados, geralmente, requerem cirurgia. Em tumores localizados no reto, às vezes, é necessária a realização de quimioterapia associada à radioterapia, antes da cirurgia. Em alguns casos, pode existir a regressão completa do tumor do reto apenas com a quimioterapia associada à radioterapia evitando, assim, a cirurgia.

“A melhor maneira de se prevenir o câncer colorretal é a avaliação preventiva de cada indivíduo por um especialista e a realização de colonoscopia em todas as pessoas a partir dos 45 anos de idade”, recomendou o professor Martinez.

Acesse a notícia completa na página do Hospital de Clínicas da Unicamp.

Fonte: Edimilson Montalti, HC da Unicamp.

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