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Cientistas criam ferramenta inovadora para estimar a idade óssea e avaliar o impacto de fraturas na mortalidade
Pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Sydney (UTS), na Austrália, mediram até que ponto uma fratura óssea pode levar à morte prematura e criaram uma ferramenta disponível publicamente que médicos e pacientes podem usar para calcular o risco.
A pesquisa Skeletal Age para mapear o impacto da fratura na mortalidade acaba de ser publicada na revista científica eLife.
No estudo com mais de 1,6 milhão de adultos, os cientistas descobriram que uma fratura óssea estava associada a uma perda de um a sete anos de vida, dependendo do sexo, idade e localização anatômica do osso.
Com base nessa descoberta e em pesquisas anteriores conduzidas pelos professores Dr. John Eisman, Dr. Tuan Nguyen e Dra. Jacqueline Center no Instituto Garvan de Pesquisas Médicas, na Austrália, os pesquisadores desenvolveram o conceito de Idade Óssea (Skeletal Age) como uma nova medida para avaliar o impacto das fraturas na mortalidade.
A métrica foi incorporada a uma aplicativo que mede a fragilidade óssea para ajudar médicos e pacientes a entender melhor a gravidade das fraturas ósseas. O Aplicativo BONEcheck pretende ajudar a aumentar a conscientização e reduzir o risco de morte prematura para pessoas com osteoporose.
O Dr. Tuan Nguyen, professor da UTS e líder do projeto, disse que o risco de morte prematura é particularmente alto para pacientes que sofrem fratura de quadril, com 30% dos pacientes morrendo dentro de um ano após a fratura. No entanto, o risco de morte prematura também aumenta com outros tipos de fraturas.
“Embora uma fratura óssea possa reduzir a expectativa de vida de uma pessoa, os pacientes que sofrem uma fratura não entendem totalmente essa realidade”, disse o pesquisador.
Ao considerar a redução média na expectativa de vida, a ferramenta de ‘idade óssea’ visa fornecer aos pacientes uma compreensão mais clara dos riscos associados às fraturas ósseas. “Com maior consciência desses riscos, médicos e pacientes estarão mais propensos a tomar medidas preventivas para reduzir o risco de morte prematura”, disse o professor Nguyen.
“A ferramenta Skeletal Age fornece uma abordagem alternativa para informar os pacientes sobre seu risco de fratura. Por exemplo, em vez de informar a uma mulher de 60 anos que seu risco de morte após uma fratura de quadril é de 5%, ela pode ser informada de que sua idade óssea é de 65 anos”.
O professor Nguyen destacou que o desenvolvimento da ferramenta Skeletal Age pode ser um grande avanço na prevenção da morte prematura associada à osteoporose.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Tecnologia de Sydney (em inglês).
Fonte: UTS.
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