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‘Charme’: a molécula que controla o desenvolvimento do coração
Para lidar com a complexidade dos processos biológicos, as células exploram múltiplos sistemas reguladores, muitas vezes baseados na atividade de moléculas de RNA, como no caso de longos RNAs não codificantes (lncRNA), que não produzem proteínas. Essas moléculas são capazes de construir redes de interação específicas para o controle temporal e espacial de processos biológicos.
É o caso da molécula Charme (Chromatin architect of muscle expression), um lncRNA que controla o desenvolvimento cardíaco por meio de circuitos moleculares que se estabelecem no músculo graças à sua interação com a proteína Matrin3. A Matrin3 está envolvida em diversas miopatias e doenças neurodegenerativas, como a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).
Recentemente, um novo estudo publicado na revista científica eLife e coordenado pelo Departamento de Biologia e Biotecnologia da Universidade de Roma Sapienza, na Itália, em colaboração com o Instituto Italiano de Tecnologia e o Laboratório Europeu de Biologia Molecular, revelou o papel fundamental da molécula Charme na indicação dos genes necessários para a maturação das células cardíacas. A presença da Charme já durante os estágios embrionários do desenvolvimento cardíaco provou ser fundamental para orientar a proteína Matrin3 nos contextos genômicos corretos, promovendo a função e o desenvolvimento cardíacos.
“Entre os planos futuros do laboratório está a caracterização funcional adicional da [molécula] Charme, que é abundantemente expressa no músculo humano. Isso permitirá uma melhor compreensão da fisiologia e desenvolvimento do coração e o desenho de novas estratégias diagnósticas e terapêuticas para doenças cardíacas”, explicou a Dra. Monica Ballarino, professora da da Universidade de Roma Sapienza.
Acesse o artigo científico completo (em inglês).
Acesse a notícia completa na página da Universidade de Roma Sapienza (em italiano).
Fonte: Universidade de Roma Sapienza.
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