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Calculadora epidemiológica auxilia municípios no enfrentamento da COVID-19
Acompanhar a situação de uma pandemia não é tarefa fácil. Mas quando se tem ferramentas que auxiliam na análise para a tomada de decisões, o monitoramento torna-se mais ágil. Como exemplo disso, é possível citar a Calculadora do Número de Reprodução Tempo-Dependente, Calculadora R(t). A tecnologia foi criada para medir a velocidade de propagação de vírus em uma determinada população.
A iniciativa, que está de volta ao site da Sala de Situação em Saúde (SDS/FS) da Universidade de Brasília (UnB), é do estatístico e epidemiologista Silvano Barbosa de Oliveira, colaborador da Sala. Ele conta que a ideia da criação surgiu, principalmente, para facilitar o cálculo do valor do R(t) – número médio de pessoas infectadas por uma pessoa infecciosa –, principalmente, pelos municípios, no enfrentamento do novo coronavírus. Segundo o especialista, o cálculo é muito complexo e nem todos conseguem reproduzir. “A ideia de incorporá-la à Sala foi possibilitar mais apoio aos municípios de forma intuitiva e direta”, destacou Silvano.
A estimativa do R(t) é uma medida chave de quão rápido o vírus está se espalhando numa determinada população e corresponde ao número médio de pessoas infectadas por uma pessoa infecciosa. Segundo o epidemiologista, valores inferiores a um (1) indicam que o número de casos novos é menor que os existentes. Isso demonstra que a doença está em tendência de redução. Já quando os valores são maiores que um (1) indicam que a propagação da doença é crescente.
Para exemplificar, pode-se imaginar um valor diário em torno de 1,5. Neste caso, o número indica que para cada dez casos são gerados 15 novos casos da doença. “Em termos gerais, o R(t) estima a velocidade de dispersão da doença no território”, explicou Silvano.
Como usar a calculadora
Para utilizar a calculadora, basta inserir na opção “abrangência” por município e informar o código do IBGE (de seis dígitos) da região. A partir desse dado, a calculadora irá gerar o gráfico com a estimativa do R(t). Outra opção é fornecer a lista de casos diários e fazer o upload do arquivo na opção “insira seus dados”. “Muitos municípios do entorno do DF e alguns da região norte têm utilizado a ferramenta, assim como os estados do Pará, Amazonas, Roraima e Rondônia”, informa o epidemiologista.
A calculadora também pode ser usada em outras doenças, não só para a COVID-19. Para isso, o especialista ressalta que é preciso carregar a curva de casos por dia para uma determinada enfermidade e indicar os parâmetros para a nova situação, ou seja, o usuário da calculadora precisará informar a distribuição do tempo médio de uma pessoa transmitir a doença para outra.
A equipe da Sala de Situação elaborou um tutorial para uso da Calculadora R(t) disponível no canal da SDS/UnB. Confira o passo a passo.
Acesse a Calculadora Epidemiológica.
Acesse a notícia completa na página da UnB.
Fonte: Equipe de Comunicação da Sala de Situação em Saúde da Universidade de Brasília..
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