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Brinquedo Terapêutico traz assistência humanizada a crianças
Em alguns casos, o brinquedo é um meio, às vezes único, de comunicação e expressão de sentimentos, ansiedades e frustrações de crianças acima de dois anos hospitalizadas. A técnica, chamada Brinquedo Terapêutico (BT), auxilia no atendimento e tratamento desses pacientes e é chave para uma assistência atraumática, minimizando os desconfortos físicos e psicológicos que podem ser causados durante os procedimentos.
O ensino do método é difundido por pesquisadoras da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e é um dos eixos estruturantes do cuidado em pediatria, na disciplina de Enfermagem e Saúde da Criança e do Adolescente (ESCA), da Faculdade de Enfermagem (FAEN), contando como conteúdo programático há pelo menos 18 anos. A disciplina promove oficinas e debates acadêmicos, envolvendo outras instituições de ensino técnico e superior, conta com a publicação de relatos de experiência em eventos científicos nacionais e internacionais, bem como publicação em capítulos de livros. “Temos visto na prática educativa o valor do uso da técnica na formação do enfermeiro, como um meio de incorporar no cuidado os princípios do acolhimento, humanização e ética”, afirmou a professora Dra. Gênesis Vivianne Soares Ferreira Cruz, da FAEN.
“O BT é considerado uma tecnologia do cuidado em enfermagem pediátrica – uma ferramenta potente que promove uma assistência mais humanizada, com relevante fator contributivo para o tratamento e o desenvolvimento físico e psicológico das crianças. Técnica que utiliza bonecos, brinquedos diversos e insumos hospitalares de modo estruturado e intencionado para a criança, com a finalidade de aliviar a ansiedade gerada por experiências atípicas a sua idade, as quais costumam ser ameaçadoras e traumáticas”, explicou a professora.
Com finalidades terapêuticas específicas, a técnica pode ser utilizada em três modalidades: BT Instrucional, que por meio da manipulação do material usado no procedimento, explica à criança o que deve esperar e como participar durante o processo; BT dramático ou catártico, que permite a descarga emocional e a expressão dos sentimentos por meio da simulação – “o faz de conta”; e o BT capacitador de funções fisiológicas, aquele no qual a criança participa de uma atividade lúdica com o intuito de melhorar seu estado físico e possibilita a criança a aceitar novas condições de vida.
A utilização é empregada em situações que exponham a criança à procedimentos de enfermagem ou de saúde, desde os mais rotineiros aos mais esporádicas. “Pode ser utilizado para o preparo de um exame físico, coleta de exames, até cirurgias e tratamentos mais complexos, como a quimioterapia”, afirmou a profissional, ressaltando também a importância de avaliar o plano terapêutico e a fase de desenvolvimento da criança para a escolha do método.
Acesse a notícia completa na página da UFMT.
Fonte: Liz Brunetto, UFMT.
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